Confiança total em Jesus

    O episódio que narra Jesus caminhando sobre as águas apresenta fatos significativos (Mt 14,22-33).  Os apóstolos estavam na barca temerosos porque esta era açoitada pelas ondas. O terror deles chegou ao ápice porque não reconhecerm o Mestre divino e pensavam que estavam vendo um fantasma andando no meio de lago. Grande o afoitamento de São Pedro em querer logo chegar perto de Cristo. Com a permissão dele saltou do barco marchando por cima das ondas. Ele duvidou, começou a afundar e suplicou: “Senhor, salva-me!”. Foi salvo, mas repreendido. Entretanto, um final feliz: “Os que estavam na barca, ajoelharam-se diante de Jesus e proclamaram: “És verdadeiramente o Filho de Deus”. Os hermeneutas, desde os primeiros séculos, viram nesta barca agitada pelos ventos um símbolo da Igreja no meio das tempestades através dos séculos. É de se notar que quando São Mateus escreveu o seu Evangelho os cristãos estavam numa embarcação no mar agitado da oposição do Império Romano. Havia também a contra corrente do judaísmo e outras ondas revoltas orginárias do mundo greco-romano. Dificuldades específicas daquele contexto, mas que se repetiriam no decorrer de toda a trajetória da Igreja. Em nossos dias também o Reino de Deus sofre violências de toda parte por meio das mais horripilas invectivas do espírito do mal. Lamentável, inclusive, a falta de perseverança de tantos católicos aliciados por outras religiões. São as tempestades registradas pelo Evangelho. Jesus, contudo, a repetir constantemente aos que lhe são fiéis as mesmas palavras que disse aos apóstolos temerosos: “Tende confiança.  Sou Eu. Não temais”. Ele está a censurar  todo aquele tem um fé frágil como  a São Pedro lá no lago. A fé é a couraça do verdadeiro seguidor de Cristo contra a descrença e o descorajamento. No caso das intempéries é clamar como o Apóstolo: “Senhor, salva-me”. Confiança absoluta em Cristo, fonte de toda paz e fortaleza. Ele é, além disto, o médico divino que cura toda e qualquer enfermindade do corpo e da alma. Jesus domina sempre as forças do mal. Eis porque permitiu que Pedro fosse até ele passando pelas ondas encapeladas. O problema foi o Apóstolo duvidar e, por isto, se afogaria não fosse a intervenção poderosa de Cristo. O fato, contudo, é muito instrutivo. Por entre as intempéries de nossa marcha para a Casa do Pai é preciso saber enfrentar as dificuldades da vida com  olhos fixos em Jesus que pode resolver todos os problemas. Ele tem poder absoluto sobre a morte e qualquer calamindade. A barca da Igreja também é agitada por ventos contrários e ela tem que atravessar mares revoltos. Jesus, entretanto, fez uma promessa: “As portas do inferno jamais prevalecerão contra ela”. A Virgem Maria, mãe  desta Igreja e de cada um de nós, deixou o exemplo magnífico estando de pé junto da cruz de Cristo no Calvário sem se esmorecer. Morto seu divino Filho, ela sabia que viria a vitória sobre a morte com sua Ressurreição gloriosa. Maria a mostrar sempre que não há fracasso na vida  do cristão. No lago Jesus estava junto dos Apóstolos e a calma voltou a reinar. Sua presença delicada é penhor de triunfo sobre os males. Na agitação das ondas ninguém nada pode sozinho. Com Ele, porém, tudo é possível, todas as vitórias virão. Nele reside a plenitude da divindade. Ele tudo pode. Seu poder se manifesta na fraqueza do ser humano. São Paulo assim se expressou:” Somos atribulados em tudo, mas não oprimidos, perplexos, mas não desesperados, perseguidos, mas não abandonados, abatidos, mas não perdidos, pois  por toda parte levamos sempre no corpo os sofrimentos de Jesus para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo” (2 Cor 4,8-9). O importante é imitar os Apóstolos na barca e proclamar agradecidos: “ Ó Jesus, tu és verdadeiramente o Filho de Deus”.  Com Cristo todos os ventos contrários não causarão perturbações. A Igreja a vinte um séculos vem vencendo todos os seus inimigos, todas as insídias do maligno e nela os cristãos se mostram vitoriosos, perseverando na prática do bem, não obstante as fragilidades humanas, vencendo os elementos destruidores. Nenhum perigo os atemoriza, porque Jesus, como aconteceu com São Pedro, estende a mão e protege

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