*Evanira Maria Satim Palmeira
A lei de cotas garante à pessoa com deficiência, seja ela física, mental ou intelectual, o seu espaço no mercado de trabalho. As empresas devem cumprir a obrigatoriedade em porcentagens de acordo com o número de funcionários contratados, conforme a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146).
Mais que uma obrigatoriedade, incluir pessoas com deficiência é responsabilidade e comprometimento no suporte e desenvolvimento delas nas atividades laborais. É aprendizado também para a equipe que recebe, pois aprenderá a lidar com a diferença. Por isso, não é somente uma inclusão para cumprir cota. É uma via de mão dupla, onde ambas as partes serão beneficiadas, tanto a pessoa contratada quanto a empresa e os colegas de trabalho.
São João Paulo II, em 1981, celebrando o Dia Mundial da Paz, recordou as iniciativas do “Ano Internacional das Pessoas Deficientes”, invocando particulares cuidados para a solução dos seus graves problema. Enfatizou o convite a que se tome a peito a sorte desses irmãos. Sua Santidade animava as várias iniciativas, incitando sobretudo os filhos da Igreja Católica a darem exemplo da generosidade total.
Com esse propósito, o departamento de Recursos Humanos da Fundação João Paulo II/Canção Nova, tem buscado, de forma efetiva, a inclusão da pessoa com deficiência no seu quadro de colaboradores, tendo como prioridade um olhar atento ao seu desenvolvimento global, conforme orienta a Lei Brasileira de Inclusão, e a Santa Sé sobre todos aqueles que se dedicam ao serviço à pessoa com deficiência. Assumindo, assim, seu compromisso com a promoção e o desenvolvimento humano, através do trabalho.
Sendo assim, é feita uma busca dos candidatos interessados nas diversas áreas e frentes de trabalho, bem como o contato com entidades que trabalham e promovem o desenvolvimento da pessoa com deficiência. Um exemplo a ressaltar é a APAE e os familiares, que confiam seus alunos e filhos para trabalharem nesta Instituição.
Os candidatos selecionados para as diversas áreas de atuação desenvolvem um trabalho com esmero, comprometimento e responsabilidade e, passando pela experiência na instituição, se preparam profissionalmente para continuarem trabalhando nela ou saem capacitados para buscarem outras oportunidades no mercado de trabalho.
Acompanhar as pessoas e observar nelas o crescimento profissional, as habilidades que desenvolvem nesse caminho é muito gratificante. Não fazemos nada além da nossa missão, pois todos nós humanos nos encontramos nesta mesma condição, e precisamos uns dos outros para nos desenvolvermos. Na Canção Nova, não se permite parar nas limitações e este tem sido o nosso trabalho de inclusão. Monsenhor Jonas Abib diz: “Somos profissionais em contínuo aperfeiçoamento.”
*Evanira Maria Satim Palmeira é missionária da Comunidade Canção Nova e psicóloga Organizacional da Fundação João Paulo II – FJPII