Clero da diocese de Paranavaí estuda Diálogo Ecumênico e Inter-religioso

“Foi um tempo oportuno de estudo, esclarecimentos e aprofundamento do empenho da Igreja Católica na promoção do ecumenismo e do diálogo das religiões, conforme orientação do Vaticano II”, explicou o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, padre Elias Wolff, durante a Atualização Teológica Anual do Clero Diocesano de Paranavaí (PR). O evento aconteceu nos dias 24 e 25 de setembro e teve como tema “O Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso no Vaticano – II”.

O estudo centrou-se nas orientações contidas no Decreto Unitatis Redintegratio, na Carta Encíclica sobre o empenho ecumênico (Papa João Paulo II – 1995)  e na Declaração Nostra Aetate (sobre as relações da Igreja com as religiões não cristãs). A partir dessas orientações, analisou-se a forma como a Igreja católica organiza a prática do diálogo ecumênico e inter-religioso, as Igrejas e religiões com as quais mantém um diálogo oficial, os desafios e resultados do diálogo.

De acordo com o assessor, o evento foi uma oportunidade de “dar um olhar especial aos pressupostos indispensáveis ao diálogo ecumênico, que são: atitude de fé; atitude de conversão; atitude de diálogo; urgências do diálogo e consciência eclesial diante da sociedade religiosamente plural.”

Na dimensão do Diálogo Inter-religioso, discorrendo sobre documentos da Igreja e tese de teólogos, ocorreu uma reflexão sobre o reconhecimento da revelação de Deus e a presença da graça de Cristo no contexto do pluralismo religioso. “Analisou-se que a vontade salvífica universal de Deus e a unicidade da mediação em Cristo (At 4,12; 1Tm 2,3-5) não acontece pela negação do valor das diferentes tradições religiosas, mas pelo reconhecimento da ação do Espírito que utiliza diferentes formas para conduzir as pessoas ao corpo de Cristo (GS 22)”, explicou padre Wolff.

O assessor avaliou o evento como “uma privilegiada oportunidade para formar o clero para a ‘cultura do encontro’ e do diálogo, como pede o papa Francisco, no horizonte do Concílio Vaticano II”. Ainda de acordo com o padre, “é importante que os ministros ordenados na Igreja desenvolvam essa cultura, de modo que por sua ação evangelizadora possibilite a construção de uma Igreja do diálogo com todas as formas de crer.”

 

Local: Brasília (DF)
Fonte: CNBB