O 50° Congresso Eucarístico Internacional começou oficialmente no domingo, em Dublin, Irlanda, com a cerimônia de abertura e a celebração da Santa Missa, da qual participaram
12.500 peregrinos de todo o mundo, na Arena do Royal Dublin Society (RDS).
A Rádio Vaticano está presente no Congresso com a correspondente Emmer McCarthy. Ela conversou com o arcebispo de Saurimo, em Angola. Dom José Manuel Imbamba, 47 anos, explicou o significado da participação da Igreja de seu país neste evento:
“O Congresso Eucarístico é sempre uma ocasião muito grande, muito boa, para podermos reavivar a nossa fé. Angola é um país cristão, que já tem uma história muito forte de vivência da fé cristã e queremos manifestar, com esta nossa participação, que a Eucaristia, de fato, nos torna sempre mais unidos, como a família de Deus, nos torna irmãos uns dos outros e nos compromete também para o bem de toda a sociedade. Por isso, nós, como Conferência Episcopal de Angola, quisemos convidar todos os leigos, religiosos, religiosas, sacerdotes, que pudessem participar que viessem, e é esta a resposta: a Igreja de Angola está aqui, bem representada com todas as dioceses e congregações religiosas para vivermos com todo o mundo católico esta fé, esta alegria de dizer que só a partir de Cristo é que conseguiremos levar avante o Evangelho da Salvação.
Como a Igreja Africana pode ajudar a Igreja Européia, tão cansada e desmotivada, a redescobrir a centralidade da Comunhão e da Eucaristia?
A ajuda parte necessariamente da partilha da mesma fé, porque a fé é antes de tudo partilha; é antes de tudo o convívio intercultural, podermos entregar e oferecer aos outros a mesma esperança, a mesma alegria que Jesus Cristo nos deu.
É verdade que a Europa hoje vive um cansaço de fe, vive um cansaço de Deus, e na África está tudo renascendo, revigorando-se, manifestando a alegria da Páscoa. Penso que hoje por hoje, a África já está presente na Europa com muitos de seus filhos e filhas a oferecerem também aos irmãos da Europa a redescoberta da alegria da fé e, sobretudo, este encarar a fé como uma novidade sempre em marcha, que não nos deve cansar, mas ao contrário, que nos deve animar, porque Jesus Cristo nunca cansa, Jesus Cristo só oferece ao homem e à pessoa humana esta esperança, esta verdade, esta alegria que nos compromete, que nos envolve, que nos lança em missão para irmos descobrindo sempre mais a beleza da vida, a beleza da própria existência e a beleza da fé que se traduz na partilha do amor na partilha da solidariedade e toda a riqueza espiritual que encontramos em Deus. Por isso, a África tem este dever, de oferecer a alegria aos europeus. A alegria de Jesus Cristo em nós não deve morrer em nós, ao contrário, é uma alegria que se expande, que deve contagiar, deve tornar os outros sempre mais quentes, mais envolvidos e mais comprometidos com a causa do Evangelho.
Fonte: Rádio Vaticano
Local: Dublin