O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, divulgou neste último domingo, 1º de novembro, Solenidade de Todos os Santos, sua Terceira Carta Pastoral: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5).
Logo no início da carta, direcionada a membros do clero arquidiocesano, bem como aos leigos e demais pessoas que se encontram em situações de necessidade ou assoladas pela violência, o cardeal declara: “Pela terceira vez, dirijo-me aos irmãos e irmãs desta amada Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro através de uma Carta Pastoral. Tendo manifestado o que penso e sinto a respeito de minha missão como pastor desta parcela da Igreja de Deus e tendo expressado a alegria da consagração, volto-me agora para um tema que marcou a nossa vida neste ano: a esperança. É um tema sempre atual e urgente”.
Segundo Dom Orani, “a esperança é sempre um tema indispensável”, uma vez que “aprendemos desde crianças que tudo pode ir embora exceto, exatamente, a esperança”. “Quando nós a deixamos partir, de algum modo, abrimos mão da própria vida. A esperança, diz a sabedoria, é a ‘última que morre’. A nenhuma outra criatura, Deus cumulou de esperança. Se Ele a deu a nós, seres humanos, é porque, sem ela, não conseguiremos seguir nossas vidas nem buscar a Deus, fonte de toda esperança”, afirma.
Além disso, o purpurado ressalta a origem do Ano Arquidiocesano da Esperança, que se encontra no 11º Plano de Pastoral, lembra que havia solicitado um Plano logo ao desembarcar no Rio de Janeiro. “Vigente de 2012 a 2016, o plano propôs para cada ano uma das virtudes teologais, acompanhada sempre por um gesto concreto. Em 2013, ano dedicado à Fé, celebramos a Jornada Mundial da Juventude. Em 2014, ano dedicado à Caridade, recolhemos 180 toneladas de alimentos para os irmãos do Haiti. Agora, em 2015, ano dedicado à Esperança, fomos convidados a sair em missão e anunciar Jesus Cristo, origem e meta de nossa existência. Este gesto vai se concretizar depois da primeira visita e das três reuniões e encontro nas paróquias, com uma bela novena de Natal, quando esperamos que se multipliquem os grupos de reflexão ou círculos bíblicos em nossa Arquidiocese. E, com isso, já estaremos no ‘Ano do Jubileu da Misericórdia’, convocado pelo Papa Francisco”.
Ainda conforme Dom Orani, “o Ano Arquidiocesano da Esperança tem sido, portanto, também um tempo para nos voltarmos em direção a Jesus Cristo. Tempo para começarmos ou recomeçarmos nossas vidas a partir Dele”.
Fonte: Rádio Vaticano