O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 01 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS. Mundialmente, a taxa de suicídio está diminuindo; nas Américas, subindo.
Todos nós devemos atuar ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio, tema que ainda é visto como tabu. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.
A Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM divulgam e conquistam parceiros no Brasil inteiro com essa linda campanha. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Em 2023, o lema é “Se precisar, peça ajuda!”.
Prevenção ao suicídio
“Suicídio é grave problema de saúde pública e sua prevenção deve ser prioridade”, afirma a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).
A prevenção é um ponto importante da luta para diminuir os riscos do ato suicida. Por esse motivo, o suicídio é tratado como problema de saúde pública e cabe a equipes de saúde encaminhar os casos de tentativas de suicídio. Logo, a equipe de saúde deve trabalhar sempre com uma escuta ativa, sempre considerando a tentativa como algo sério. Por esse motivo, é importante que na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS) a equipe tenha compreensão sobre o tema. Assim, a atenção primária identifica o caso, avalia o risco e com isso realiza o encaminhamento para as equipes de saúde mental. Por outro lado, a atenção secundária e terciária, são os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Hospitais de (geral e/ou psiquiátrico) e os Serviços Especializados. Esses espaços recebem e avaliam a gravidade dos pacientes que tentaram se suicidar. Em contrapartida, a partir da avaliação, começam os tratamentos e o acompanhamento do serviço social e psicológico. Por fim, as equipes encaminham para os serviços de saúde mental após a alta do hospital ou CAPS. Neste sentido, a prevenção do suicídio não se dá apenas a rede de saúde. Importante incentivar medidas terapêutica, sociais, espirituais para colaborar com a diminuição da taxa de suicídio. Para tanto é importante promover a qualidade de vida, ou seja, a promoção da saúde física, emocional e mental.
Prof. Dr. Inácio José do Vale, Psicanalista Clínico, PhD.
Especialista em Psicologia Clínica pela Faculdade Dom Alberto-RS.
Especialista em Psicologia da Saúde pela Faculdade de Administração, Ciências e Educação-MG.
Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Cadastrada na Organização das Nações Unidas – (ONU).
Autor do livro Terapia Psicanalítica: Demolindo a Ansiedade, a Depressão e a Posse da Saúde Física e Psicológica