Materiais da Campanha Missionária 2015 foram enviados às dioceses do Brasil
As Pontifícias Obras Missionárias (POM) apresentaram nesta quinta-feira, 17, durante entrevista coletiva à imprensa, os materiais da Campanha Missionária de 2015. Na ocasião, o bispo auxiliar de São Luís (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Esmeraldo Barreto de Farias, recordou a nova dimensão missionária da Igreja após o Concílio Vaticano II. “Essa nova visão da Igreja nos mostra que cada um de nós é chamado a ser missionário e a viver como missionário e que a missão nos faz mergulhar na vida de Jesus”.
A Campanha Missionária deste ano propõe o tema “Missão é servir”, em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2015. O lema é “Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos” (Mc 10,44).
Dom Esmeraldo explicou que o Mês Missionário, celebrado em outubro, foi instituído em 1926, mas foi com o Concílio Ecumênico Vaticano II que a Igreja criou “maior consciência missionária”. O bispo lembrou de documentos que animam a missão na Igreja, como a exortação apostólica do papa Paulo VI, Evangelii Nuntiandi, sobre a evangelização no mundo contemporâneo, os documentos das Conferências do Episcopado Latino-Americano, de Medelín, Puebla e Aparecida e, recentemente, a exortação do papa Francisco Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho), considerada por ele como “um documento que sacode o mundo, sacode a missão da Igreja no mundo”.
Nestes textos, segundo o bispo, é possível encontrar “reflexões e orientações que fortalecem a vocação e a convicção de que todos são chamados ao segmento a Jesus, por graça de Deus, e que cada um tem uma missão e que a Igreja tem uma missão”.
Materiais
O diretor nacional das Pom, padre Camilo Pauletti, apresentou os subsídios da Campanha deste ano, que já foram enviados para as 275 dioceses e prelazias do Brasil para serem distribuídos entre as paróquias e comunidades. A preparação desses materiais dura de 6 a 7 meses, com a coleta de testemunhos, contatos e reflexões.
O conjunto de materiais é composto por cartaz com o tema e o lema, livrinho da Novena Missionária, um DVD com testemunhos missionários, a mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, seis versões de marcadores de página com a Oração da Campanha Missionária contendo as imagens de Santa Teresinha do Menino Jesus, São Francisco Xavier, Nossa Senhora Aparecida, dom Oscar Romero, Charles de Foucauld e do papa Francisco. Todos os subsídios estão disponíveis no site www.pom.org.br.
Coleta
O Dia Mundial das Missões será celebrado em 18 de outubro, penúltimo domingo do mês. Trata-se do momento auge da Campanha Missionária, quando é feita a coleta. Conforme padre Camilo, os recursos arrecadados são para ajudar a Igreja em terras de missão. “São muitas Igrejas, muitos projetos. Mais de 3 mil instituições são ajudadas por essa coleta”, disse. Ao comparar os resultados de 2014 e 2013, o diretor das Pom também ressaltou que houve um crescimento das doações entre 5 e 6%.
CRB
Representando a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), a irmã Maria de Fátima Kapp falou sobre o testemunho missionário da vida religiosa consagrada. “Como o papa mesmo diz, há uma relação intrínseca entre a vida religiosa e a missão, porque a vida religiosa nasce do segmento de Jesus, da Paixão por Jesus, e segui-lo é ser missionário, anunciar o amor de Deus e vivenciar no dia-a-dia, nas relações, na busca de respostas, na contemplação do mundo, no cuidado da criação”, sublinhou.
Irmã Maria de Fátima ainda falou da missão Ad Gentes, que “convoca, apaixona e envia” os missionários da vida religiosa a realidades desafiantes “aonde a vida mais clama”. Ela citou a iniciativa da CNBB e da CRB com o projeto Missionário no Haiti, onde seis religiosas brasileiras desenvolvem projetos de economia solidária desde 2010. Há ainda a intenção, contou, de atender o pedido do bispo brasileiro dom Luiz Fernando Lisboa, que está à frente da diocese de Pemba, em Moçambique, para que seja desenvolvida uma parceria para atendimento ao povo local.
Fonte: CNBB