Assunção (RV) – Os bispos paraguaios condenaram o ataque armado que matou 8 militares na região de Arroyito, a cerca de 450 km ao norte da capital Assunção, no sábado (27/08).
O ministro das Relações Interiores atribuiu a responsabilidade do ataque à guerrilha do Exército do Povo (EPP), um grupo rebelde de matriz marxista, em ação desde 2008 naquela zona do país, composto por uma centena de integrantes, que já havia perpetrado no passado ataques contra as forças do governo paraguaio.
Luto
Em uma breve declaração, os bispos disseram que “rezam pelas vítimas e são solidários aos familiares” e pedem o fim imediato dos atentados “contra a vida e a dignidade das pessoas seja qual for a condição ou função”, reiterando que “a vida é um valor supremo que não pode ser subordinado a nenhuma causa política, social ou econômica”.
“Parem! Chega de tanta dor e luto”, imploraram os bispos ao pedir às autoridades uma rápida identificação e punição dos autores do ataque para evitar novos derramamentos de sangue.
Insurgentes
Com o ataque de sábado, o número total das vítimas das mais de 100 ações armadas do EPP, que teria ligações com as guerrilhas colombianas, chega a 61, dos quais 32 civis, 18 policiais e 11 militares.
O grupo se formou em 1996 como uma quadrilha que roubava, sequestrava e traficava drogas. “Reciclou-se” como grupo armado insurgente associado a ex-integrantes do partido “Patria Libre” para finalmente autodenominar-se como grupo armado insurgente.
Fonte: Rádio Vaticano