A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou uma correspondência à Conferência Episcopal do Chile para expressar “fraterna solidariedade” frente aos “violentos atos de vandalismo” provocados por manifestantes contra templos naquele país, nos últimos dias.
Os prelados brasileiros afirmaram que rogam “ao Deus da Paz que permaneça fortalecendo os irmãos bispos e demais cristãos chilenos, na missão de colaborar para que a paz social seja restabelecida”.
“De fato, não há como aceitar a violência como solução para os problemas de uma nação. A violência desumaniza os povos, fere pessoas, destrói patrimônios e macula a história”, acrescentam.
No domingo, 18 de outubro, a Paróquia da Assunção e a igreja de São Francisco de Borja, em Santiago, foram completamente destruídas após grandes incêndios, enquanto a igreja de São Francisco de Assis, em La Serena, foi saqueada e destruída na noite de segunda-feira, 19.
Esses ataques ocorrem no contexto das manifestações um ano após a rebelião social no Chile e alguns dias antes de um plebiscito constitucional que será realizado em 25 de outubro.
Outras conferências episcopais também se somaram às mensagens de proximidade e apoio à Igreja no Chile após os ataques.
Por meio de seu presidente, Dom Adalberto Martínez Flores, a Conferência Episcopal do Paraguai (CEP) manifestou sua “proximidade e comunhão eclesial”.
“Os bispos do Paraguai expressam nossa solidariedade, apoio e oração ante as agressivas e violentas afrontas que a Vinha do Senhor sofreu naquela parte do Chile”, descreve a carta enviada pelo Administrador Apostólico das Forças Armadas e da Polícia do Paraguai.
“Todo sinal de intolerância, desrespeito e ofuscamento extremo, que atenta contra a dignidade das pessoas e suas expressões genuínas, revela a dolorosa distância e o cruel desatino que o mal é capaz de gerar no coração e na mente de quem se esqueceu de Deus”.
“Quando o mundo deixa de reconhecer a presença, ação e testemunho de Cristo encarnado em sua Igreja, afaz-se mais evidente para os homens e as mulheres de fé a certeza do caminho do Nazareno”, acrescentam os Bispos.
Por sua vez, os bispos argentinos da região da Patagônia-Comahue enviaram uma carta na qual expressam sua proximidade nestes “momentos de tristeza e angústia”.
“Unimo-nos ao povo fiel de Deus que certamente sofre com os atos de violência que destroem os valores de convivência, paz e respeito, buscados e alcançados com tanto sacrifício, e agora violados e colocados em crise”, afirmam.
As mensagens das Igrejas católicas irmãs se somam às já manifestadas pela Igreja na Espanha, Argentina e México.
