Beirute (Agência Fides) – A Igreja maronita “não apoia um candidato presidencial em relação a outro, mas é a favor de qualquer solução séria que permita ao país sair da paralisação institucional e eleger finalmente um novo Presidente. Neste perspectiva, é avaliada positivamente também a novidade de um acordo entre Geagea e Aoun”. Assim o sacerdote Paul Karam, Presidente da Caritas libanesa, traça a atitude da comunidade eclesial maronita diante do novo cenário político aberto no país depois que o líder do partido das Forças Libaneses, Samir Geagea, anunciou a disponibilidade de sua formação política em apoiar a candidatura do general reformado Michel Aoun, seu rival de longa data, ao cargo de Presidente da República libanesa (veja Fides 19/1/2016).
A jogada política de Geagea está revolucionando o sistema de alianças e de contraposições que há tempos caracteriza o cenário político libanês, e levou o país à paralisação institucional que impede há 18 meses de eleger o novo Presidente. “Obviamente”, acrescenta Padre Karam, “na Igreja se olha com simpatia para o fato de que forças e líderes políticos cristãos contrapostos entrem em acordo para recompor o quadro político e resolver os problemas do país. Agora, se trata de ver se esta tentativa produzirá resultados concretos ou encontrará oposições insuperáveis. Mas em geral, a aproximação entre Geagea e Aoun difundiu no país uma sensação de novidade, na esperança que contribua a tirar o país da grave crise institucional em que se encontra”. Michel Aoun tem 82 anos. No delicado sistema institucional libanês, o cargo de Presidente da República é reservado a um cristão maronita. O Patriarca maronita Boutros Bchara Rai a partir de hoje se encontra na Itália, de onde continua a acompanhar com atenção os desenrolar da situação política libanesa.
Fonte: Agência Fides.
