As consequências da ambição

    Como se não bastasse a corrupção no meio político com verbas faraônicas desviadas dos cofres públicos, as manchetes dos jornais da última semana são também aterradoras. Entre elas “Cabeça de porco, carne podre, salmonela, papelão. Investigação da Polícia Federal revela que, antes de exigir dinheiro em  espécie de suas vitimas, dois inspetores do Ministério da Agricultura se fartavam de hambúrgueres, picanhas e peças generosas de filé mignon”. Além da desmoralização de empresas famosas, o desrespeito aos consumidores é de estarrecer. A busca desenfreada de dinheiro a qualquer preço causa todas estas desgraças e as misérias que campeiam por toda parte. Deus não pode aprovar nenhuma atitude desonesta, mas gratifica toda e qualquer ação eticamente honesta. O dinheiro, fruto de um trabalho consciencioso, deve, portanto, aproximar o cristão de Deus, ao passo que a ganância e a desonestidade proporcionam desgraças para quem as comete e para toda a coletividade. A ambição desmedida é, infelizmente, fonte de muitas perversidades a serem vencidas, mas muitos se tornam escravos do dinheiro. Este se torna então dinheiro da iniquidade, do dolo, do engano, da fraude.  A segurança que as riquezas oferecem são ilusórias e toda corrupção precisa se veementemente execrada. Louvados sejam sempre, isto sim, os  que praticam a justiça, são probos e retos.
    Combate corajoso à ganância,  ao amor-próprio, ao egoísmo, à  astúcia, ao poder pelo poder. Foi a ambição que levou Judas Iscariotes à mais
    vil traição registrada na   História. O alerta de Cristo, sobre o
    perverso emprego das riquezas vale para qualquer contexto socioeconômico, sobretudo para o atual, situação marcada pelo consumismo, pela contrafação edênica, pelo endeusamento da fortuna adquirida por meios lesivos ao próximo e a toda a nação. . Se muitos governantes, vários políticos e os poderosos deste mundo não dão exemplo, o bom cidadão pessoalmente não se deixa contaminar por esta onda de perversidade, aprovando os desvios do dinheiro público e toda espécie de falcatrua, lesando o  que a todos pertence. Basta de enganos que se multiplicam nos mais  diversos setores da sociedade. A grande questão é o reto uso da liberdade, a qual necessita ser iluminada pela retidão, pela probidade, para que haja o discernimento nesta travessia temporal rumo à eternidade. Uma supervalorização da posse de bens transitórios se torna para muitos uma obsessão que fatalmente leva à corrupção com todas as suas fatais consequências. Os depravados então se esquecem de que para a outra vida nada se leva daquilo que com tanta deslealdade foi sendo inutilmente acumulado. No atual contexto histórico no qual, mais do nunca,  há uma sujeição aos bens materiais, uma ambição desmedida e o resultado é um espetáculo, de fato, aterrador.

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