Arquidiocese de Belo Horizonte realiza debate com candidatos à prefeitura

Dom Joaquim Mol participou do encontro

A arquidiocese de Belo Horizonte (MG), em parceria com a PUC de Minas Gerais, organizou o primeiro debate com os candidatos à prefeitura da cidade para as eleições municipais 2016. A iniciativa foi realizada no dia 17 de agosto, no salão paroquial da igreja Nossa Senhora da Boa Viagem e contou com a presença dos 11 candidatos que serão submetidos à votação em outubro.

O bispo auxiliar de Belo Horizonte e reitor da PUC Minas, dom Joaquim Mol, participou do encontro e explicou que, ao organizar o debate, a arquidiocese de Belo Horizonte quis reunir as pessoas, não para uma “guerra de palavras”, mas para que possam dizer o que querem fazer e, assim, permitam que a população comece a fazer a elaboração de suas escolhas. 

O debate foi mediado pelo coordenador de Políticas Sociais do vicariato episcopal para a Ação Social e Política da arquidiocese de Belo Horizonte, Frederico Santa Rick. Na ocasião, cada candidato apresentou a própria trajetória de vida e as prioridades de uma eventual gestão à frente da prefeitura.

Dirigindo-se aos participantes, o professor e coordenado do Nesp, Robson Sávio, disse que cada candidato deve construir seus planos de governo não fechados em gabinetes, mas com a presença da população. “O Poder Público deve se preocupar em diminuir as diferenças e construir uma cidade mais justa e igualitária”, sublinhou. Essa necessidade também foi destacada pela educadora social Claudenice Lopes, que na ocasião indicou a urgência de mais investimentos em políticas sociais e de inclusão.

Ao concluir o encontro, dom Joaquim Mol lamentou que a proposta de reforma política defendida pela Igreja e por mais de cem instituições não tenha alcançado a aprovação do Congresso Nacional. De acordo com ele, é necessário também encontrar caminhos para ampliar a participação da mulher na política e manter permanente vigilância para evitar a volta do financiamento empresarial de campanhas, proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Sobre a participação da Igreja na política, o bispo destacou que a arquidiocese de Belo Horizonte, com suas 1500 comunidades de fé, busca “reinventar, recriar o que está destruído na esperança das pessoas” e dirigindo-se aos candidatos enfatizou que os pobres não podem ficar à margem de projetos para a cidade. “Precisamos reestruturar as forças da sociedade. Isso não se faz apenas conversando. É preciso ter determinação, visão clara e muita coragem, para, inclusive, enfrentar desafios e oposições de gente poderosa”, finalizou.
Com informações e foto da arquidiocese de Belo Horizonte

Fonte: CNBB

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