Arcebispo mexicano: “Não queremos mais sangue, não queremos mais mortes”

Diante dos recentes crimes que atingiram vários locais no estado mexicano de Michoacán, o Arcebispo de Morelia e vice-presidente da Conferência do Episcopado Mexicano, Dom Carlos Garfias Merlos, assegurou que “não queremos mais sangue, não queremos mais mortes”.

“Com profunda preocupação e dor, soubemos sobre os últimos assassinatos em Morelia e em outras localidades do Estado (Uruapan), bem como em outros lugares do nosso país”, disse Dom Garfias Merlos em uma coletiva de imprensa concedida no dia 18 de agosto.

Em 8 de agosto, 20 assassinatos foram registrados na cidade de Uruapan. Os criminosos deixaram alguns corpos pendurados em uma ponte da cidade, enquanto outros foram encontrados desmembrados.

Em 16 de agosto, perto de Morelia, dois outros homens foram encontrados mortos. De forma semelhante aos crimes de Uruapan, os corpos foram desmembrados e um deles foi pendurado em uma ponte.

O Arcebispo de Morelia assinalou que, “nos últimos dias, tivemos reuniões com o governo do estado. Carlos Herrera, secretário de governo, teve a disponibilidade de unir forças para juntos implementarmos estratégias para recuperar e construir a paz”.

“Como Arcebispo de Morelia, quero dizer que não queremos mais sangue, não queremos mais mortes. Não queremos mais dor nem mais vergonha”.

“Como pastor desta porção do povo de Deus, eu me junto ao clamor daqueles que sofrem as consequências da violência”, acrescentou.

Dom Garfias Merlos também fez “um apelo às autoridades para que cumpram com sua tarefa de investigar e encontrar os responsáveis. Da mesma forma, convoco a sociedade civil em geral, para que se envolva e participe da construção de um Michoacán e Guanajuato que valorize a vida, a dignidade e os direitos de cada pessoa, fazendo-nos capazes de nos encontrarmos como irmãos”.

“Os bispos assinalamos que o tema da insegurança e da violência deve ser tratado como uma questão de saúde pública que permita assegurar o benefício da segurança e da paz para o maior número de pessoas”, disse o Prelado, recordando a Exortação Pastoral “Que em Cristo nossa Paz, México tenha uma vida digna”.

“Essa abordagem de saúde pública significa que somos todos corresponsáveis ​​por contribuir e cooperar para superar a crise: o governo, os empresários, as igrejas, as organizações sociais e a sociedade civil em geral”, afirmou.

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