Aproximar dos pobres

    Nesta semana da solidariedade que precede o Dia Mundial dos pobres, o Papa pediu a todas as pessoas em sua mensagem para esse dia que devemos aproximar das pessoas pobres e daqueles que estão a margem na sociedade. Disse o Santo Padre: “na semana anterior ao Dia Mundial dos Pobres – que este ano será no dia 19 de novembro, XXXIII domingo do Tempo Comum –, as comunidades cristãs se empenhem na criação de muitos momentos de encontro e amizade, de solidariedade e ajuda concreta. Poderão ainda convidar os pobres e os voluntários para participarem, juntos, na Eucaristia deste domingo, de modo que, no domingo seguinte, a celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo resulte ainda mais autêntica” ( Retirado do site: http://pt.radiovaticana.va/news/2017/06/13/mensagem_do_papa_para_dia_mundial_dos_pobres_texto_integral/1318638/ Acesso pela última vez em 10/11/2017).
    O Papa pede que as pessoas convidem os pobres para participar da Santa Missa e também que todos se apoximem dos pobres. “Como ensina a Sagrada Escritura (cf. Gn 18, 3-5; Heb 13, 2), acolhamo-los como hóspedes privilegiados à nossa mesa; poderão ser mestres, que nos ajudam a viver de maneira mais coerente a fé. Com a sua confiança e a disponibilidade para aceitar ajuda, mostram-nos, de forma sóbria e muitas vezes feliz, como é decisivo vivermos do essencial e abandonarmo-nos à providência do Pai” ( Retirado do site: http://pt.radiovaticana.va/news/2017/06/13/mensagem_do_papa_para_dia_mundial_dos_pobres_texto_integral/1318638/ Acesso pela última vez em 10/11/2017). Aproximar dos pobres é fazer aquilo que Nosso Senhor Jesus Cristo fez. Jesus sempre esteve próximo aos pobres e aos pecadores. Recordemos do belo canto do Advento; “Deus ama os pobres e se fez pobre também, desceu a terra e fez pousada em Belém”. Jesus enquanto Rei e Salvador nasce não num berço de ouro, mas, nasce sim num lugar simples e humilde. Ele nasce pobre, vive de maneira humilde e a todo o momento em sua vida pública está ao lado dos pobres.
    O exemplo de ser e estar com os pobres foi Nosso Senhor tanto que o profeta Isaías já fazia um pré-anuncio do qual nos lembra o evangelho de São Lucas: “O Espírito do  Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para  anunciar a boa nova aos pobres, enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista;  para libertar os oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor” ( Lc 4, 18).
    Recordemos de algumas atitudes de Jesus com os pobres: 1- Jesus e a cura do leproso – No capítulo 5 do livro de Mateus. Jesus sobe a um monte para ensinar uma grande multidão que o seguia. Muitos seguiam a Jesus, especialmente os rejeitados, os desvalidos da vida, homens e mulheres que não tinham voz na sociedade. Aqueles que eram ignorados, pobres, doentes, os excluídos se sentaram para ouvir o que o mestre tinha a dizer. As palavras do mestre encheram corações de esperança. Jesus rompe com preconceitos e surpreendentemente inicia o seu discurso afirmando que, esses, que eram desprezados pela sociedade, eram os bem-aventurados. 2- Jesus e a pecadora arrependida- o Evangelista Lucas, narra o caso da mulher pecadora que, com suas lágrimas, lava os pés de Nosso Senhor Jesus Cristo, os enxugas com seus vastos cabelos e os unge com perfumes caros. Judas Iscariotes, o traidor, recrimina-a pelo seu procedimento. Pelo contrário, Nosso Senhor vê nos gestos dela a profundidade do seu amor por Ele. Pois ela deu uma demonstração de dor e desejo de mudar daquela vida pecaminosa. (Lc 7,36-8,3). 3- Jesus e a parabola de Lázaro- o Evangelho (Lc 16, 19-31) descreve-nos um homem que não soube tirar o proveito dos seus bens. Ao invés de ganhar com eles o Céu, perdeu-o para sempre. Trata-se de um homem rico, que se vestia de púrpura e de linho, e que todos os dias fazia festas esplêndidas; muito perto dele, à sua porta, estava deitado um mendigo chamado Lázaro, todo coberto de chagas, que desejava saciar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico. E até os cães lambiam as suas feridas.
    O pecado do rico do Evangelho nos fala que este não fez amigos com suas riquezas. Se tivesse aberto o coração para Lázaro, teria um amigo a recebê-lo no céu! É importante notar que esse rico não roubou, não ganhou seu dinheiro matando ou fazendo mal aos outros. Seu pecado foi unicamente viver somente para si: “se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias”. Ele foi incapaz de enxergar o “pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava no chão”, à sua porta. “Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas”. O rico nunca se incomodou com aquele pobre, nunca perguntou o seu nome, nunca procurou saber sua história, nunca abriu a mão para ajudá-lo, nunca deu-lhe um pouco de seu tempo. O rico jamais pensou que aquele pobre, cujo nome ninguém importante conhecia, era conhecido e amado por Deus. Não deixa de ser impressionante que Jesus chama o miserável pelo nome, mas ignora o nome do rico! É que o Senhor se inclina para o pobre, mas olha o rico de longe! Afinal, os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos.
    Ao invés de termos a atitude do rico que menospresou Lázaro e com isso nem convidou para comer a sua mesa, que saibamos nós acolhermos aqueles que mais necessitam, pois, acolher o pobre é acolher o próprio Cristo.

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