A instalação da “Capela viva” no Jardim Botânico de Roma, do progeto Laudato si’
Adriana Masotti – Vatican News
Por “ter colocado no centro de sua ação pontifícia, o tema da ecologia integral e do patrimônio cultural compartilhado em uma lógica de desenvolvimento sustentável e de solidariedade universal, dirigindo-o a cada pessoa que habita nosso Planeta com a tarefa de cada um fazer a sua parte no sinal do cuidado da Casa Comum”. Esta é a motivação do Prêmio Internacional que, em sua quarta edição, a histórica Associação ambientalista de voluntariado Academia Kronos Onlus decidiu conceder ao Papa Francisco.
A notícia foi enviada em uma carta à Prefeitura da Casa Pontifícia. A carta foi escrita pelo advogado Ottavio Capparella, chefe do Escritório Jurídico da Associação e delegado para as relações institucionais com o Vaticano. O título do prêmio é “Eu faço minha parte”, e consiste em uma pequena escultura de um beija-flor, protagonista de uma antiga fábula africana. O artefato foi feito pelo escultor-operário Renato Mancini utilizando materiais de descarte. Na fábula é dito que, quando um incêndio irrompeu na floresta, enquanto todos os animais estavam fugindo em direção ao rio em busca de segurança, o beija-flor voou na direção oposta carregando uma gota de água em seu bico e dizendo: “Eu faço minha parte”.
Cuidar da casa comum é compromisso de cada um de nós
Em carta dirigida ao Papa Francisco em 16 de novembro passado, anunciando o reconhecimento, o presidente da Associação Kronos, Franco Floris, escreveu: “Amadurecemos a convicção – com alegria e consciência – de lhe atribuir o reconhecimento do Prêmio (…) por ter dirigido as solicitações necessárias, não só às Instituições e aos poderosos da terra, mas a todas as pessoas que habitam no nosso Planeta, confiando-lhes a tarefa de fazer “sua parte”, mesmo com pequenas ações diárias em sinal de cuidado”. O presidente destacou também o quanto a mensagem do Papa “deixou claro que uma reflexão profunda, uma conversão ecológica e ética são necessárias para caminhar em direção a um novo renascimento que coloque o homem no centro, em que os modelos econômicos e sociais devem se referir, respeitando os sólidos princípios de justiça, paz e proteção ambiental”.
A mensagem de Francisco acessível a todos
A mensagem do Papa Francisco, supera por intensidade e universalidade o estreito ambientalismo de interesses privados, que carece de uma visão integral e interligada própria e, ao mesmo tempo, é uma mensagem simples e acessível a todos, diz Ottavio Capparella, confirmando a vontade da Associação de querer aceitar sem reservas o convite do Papa para tornar o pensamento cada vez mais uma prática de vida.