Ambiente: Aliança internacional de Agências de Desenvolvimento pede «transição ecológica»

epa07864906 Prime Minister of Peru Salvador Del Solar participates in a panel during the 2019 Climate Action Summit which is being held ahead of the General Debate of the General Assembly of the United Nations at United Nations Headquarters in New York, New York, USA, 23 September 2019. World Leaders have been invited to speak at the event, which was organized by the United Nations Secretary-General Antonio Guterres, for the purpose of proposing plans for addressing global climate change. The General Debate of the 74th session of the UN General Assembly begins on 24 September. EPA/JUSTIN LANE

CIDSE sublinha necessidade de compromisso político a nível global

A CIDSE, Aliança Internacional das Agências de Desenvolvimento pela Justiça Global apelou em comunicado a uma “transição ecológica” apoiada pelos governos e organismos internacionais.

“Cidadãos e comunidades individuais têm um papel fundamental a desempenhar, mas os seus esforços serão amplamente ineficazes sem uma mudança sistémica, apoiada por políticas transformadoras”, assinala uma nota enviada à Agência ECCLESIA, a respeito da Cimeira da Ação Climática, convocada pela ONU.

Os organismos subscritores, entre os quais a FEC – Fundação Fé e Cooperação, de Portugal, sublinham que comunidades, movimentos sociais e organizações da sociedade civil têm “uma vasta experiência em modelos inovadores de produção de alimentos e energia que, comprovadamente, funcionam em escala, como a agroecologia e os sistemas democráticos de energia renovável”.

O texto fala numa emergência climática e crise social, perante a qual existe o “dever moral”, por parte dos governantes, de encontrar respostas e de agir.

“O novo objetivo climático da UE para 2030, proposto pela presidente eleita da Comissão, Ursula von der Leyen, de reduzir as emissões em 55% não é suficiente. As emissões precisarão de ser reduzidas para, pelo menos 65%, para permanecer no caminho do aumento da temperatura até 1,5 ° C”, pode ler-se.

O texto evoca a figura do Papa Francisco, recordando a assembleia especial de bispos que vai decorrer, de 6 a 27 de outubro, no Vaticano.

“O Sínodo visa determinar como a Igreja pode responder às injustiças e ao extrativismo na região da Pan-Amazónia, que alimentam as alterações climáticas. A Igreja está a definir como contribuir para a proteção da Amazónia – um recurso essencial das Soluções Baseadas na Natureza – e das comunidades indígenas que implementam estratégias de reconstrução e conservação”, precisa a CIDSE.

A Cimeira da Ação Climática desta segunda-feira, em Nova Iorque, contou com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, o qual sublinhou que Portugal foi o primeiro país a comprometer-se a ser neutro em carbono até 2050, pedindo urgência no combate global às alterações climáticas.

“Já se perdeu demasiado tempo. A complacência e a indiferença já não são toleráveis”, considerou o presidente da República Portuguesa.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU, António Guterres, referiu que ainda “não é demasiado tarde” para fazer face às alterações climáticas, advertindo, no entanto, que o tempo se está a esgotar.

“A emergência climática é uma corrida que estamos a perder, mas que ainda podemos ganhar. A crise climática é provocada por nós e as soluções devem vir de nós. Temos as ferramentas: a tecnologia está do nosso lado”, afirmou.

A cimeira precedeu a 74ª Assembleia Geral da ONU, com a participação de dezenas de chefes de Estado e de Governo.

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