Amai-vos uns aos outros

    Celebramos nesse domingo, o quinto desse Tempo Pascal. Aos poucos vamos caminhando para a conclusão deste tempo litúrgico tão rico para igreja. Em breve, celebraremos a vinda do Espírito Santo no domingo de Pentecostes. Daqui a dois domingos, celebraremos a Solenidade da Ascensão do Senhor, quando Jesus volta ao Pai e envia os discípulos em missão e, dessa forma, inicia a igreja primitiva. Nesse dia também comemoraremos também o Dia Mundial das Comunicações Sociais.

    O tempo da Páscoa é um tempo muito rico para a Igreja, um tempo de alegria envolvido pela ressurreição de Jesus. Um tempo para recomeçarmos novamente e sermos testemunhas do ressuscitado onde estivermos. Na Vigília Pascal, fomos regenerados pelas águas do batismo e convidados a viver uma vida nova.

    Durante esse Tempo Pascal, somos chamados a renovar nossa aliança de amor com Cristo e nutrir em nosso coração a certeza da ressurreição dos mortos. Jesus ressuscitado, toda vez que aparece aos discípulos, deseja-lhes a paz. Somos convidados a acolher essa paz em nosso coração e transmitir essa paz aos demais membros da comunidade. O Senhor está no meio de nós, caminha conosco e faz sempre nova todas as coisas.

    Todos os domingos recordamos a Páscoa de Jesus e somos convidados a nos reunir com a nossa família em torno da mesa da Palavra e da Eucaristia. O Senhor fala a nós e parte o pão para nós. Peçamos sempre desse alimento para cada um de nós e que esse alimento nos dê sempre vida nova.

    A primeira leitura desse domingo é do livro dos Atos dos Apóstolos (At 14, 21b-27). Paulo e Barnabé eram companheiros de evangelização e anunciavam Cristo ressuscitado aos irmãos, sobretudo nas cidades de Listra, Icônio e Antioquia. Eles exortavam a comunidade a permanecerem firmes na fé. É necessário que passemos por muitos sofrimentos para chegarmos ao Reino de Deus, é necessário carregar as nossas cruzes de cada dia, enfrentarmos os calvários que aparecem para chegarmos à glória eterna. A nossa vida aqui na terra é passageira, da mesma forma que os sofrimentos, mas as alegrias da vida eterna serão para sempre. Depois de percorrerem várias cidades, Paulo e Barnabé reúnem a comunidade de Antioquia e diz a ela como foi evangelizar os pagãos.

    O salmo responsorial é o 144 (145). O refrão desse salmo nos diz: “Bendirei o vosso nome, ó meu Deus, meu Senhor e meu rei para sempre”. Devemos bendizer ao Senhor todos os dias de nossa vida e agradecê-Lo por podermos anunciar o seu nome a tantos irmãos. Enquanto peregrinamos nesse mundo, devemos honrá-lo e louvá-lo aqui na terra, para depois, no céu, contemplá-Lo face a face.

    A segunda leitura é do livro do Apocalipse de São João (Ap 21, 1-5a). João, em sua visão, viu um novo céu e uma nova terra. O primeiro céu e a primeira terra já passaram e o mar já não existe mais. Esse novo céu e essa nova terra se dá a partir da ressurreição de Jesus, que faz nova todas as coisas. João vê uma nova cidade, restaurada a partir da ressurreição de Jesus e que espera ansiosamente pela sua segunda vinda. O Senhor voltará e enxugará toda a lágrima e acabará com toda a dor e por fim habitará eternamente nessa cidade. Almejemos em nossa vida habitar para sempre no santuário de Deus.

    O Evangelho desse domingo é de João (Jo 13, 31-33a 34-35). Esse trecho do evangelho de João relata o que aconteceu após a última ceia, logo depois que Judas saiu do cenáculo. Jesus diz: “Agora foi glorificado o filho do homem, e Deus foi glorificado nele” (Jo 13,31). Jesus ainda diz que se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. Ele explica aos discípulos que por pouco tempo ainda ficará com eles e lhes dá o novo mandamento: “Amai-vos uns outros, como eu vos amei”. Todos saberão que eles são seus discípulos se amarem-se uns aos outros.

    A maior prova de amor que Jesus nos deu foi morrer na cruz por nós, na verdade, toda a sua vida foi ensinar o amor. Jesus ia na contramão daquilo que a sociedade da época pensava, enquanto pregavam a exclusão e o ódio, Jesus pregava a inclusão e o amor. Durante a última ceia, Jesus deu o exemplo do amor ao próximo, em que um deve servir o outro, todos somos iguais perante Deus.

    Aprendamos da Palavra de Jesus dirigida a nós nesse domingo e amemos o nosso semelhante, não desprezemos quem se aproxima de nós, mas que possamos tratar essa pessoa com amor. Tratemos os outros como queríamos que fossemos tratados, dessa forma, colocaremos em prática o mandamento do amor deixado por Jesus. Só levaremos dessa vida o amor e deixaremos marcado no coração das pessoas o tanto que a amamos. Seremos cobrados por Deus ao entrarmos na vida eterna, se nós fomos capazes de amar.

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