“É tempo de oração e jejum pela Síria. Os frades permanecerão próximos aos necessitados”. Foi o que disse Frei Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, comentando sobre a trágica notícia de um míssil que sábado à tarde atingiu um Colégio dos Franciscanos em Aleppo, matando uma mulher e ferindo outras duas pessoas idosas. Os hóspedes haviam encontrado refúgio na estrutura após o início da guerra no país ou devido a dificuldades pessoais. A escola, destaca uma nota da Custódia, era considerada, até agora, um dos poucos lugares seguros da cidade e que tinha sido adaptada como local de acolhida. Aos microfones da Rádio Vaticano o Custódio, Frei Francesco Patton:
R. – Eu tentei entrar em contato com os frades que vivem ali em Aleppo, no “Colégio Terra Santa”. Eu consegui um contato não por telefone, porque é impossível por causa das linhas interrompidas, mas através de e-mail. Os frades confirmaram que uma senhora idosa que era hóspede ali, morreu. Há também outra pessoa gravemente feria, e outra menos grave. Os frades estão bem. Naturalmente, as pessoas têm medo. É um momento de profunda tristeza. São pessoas que estavam sendo assistidas ali. Não eram refugiadas, mas pessoas que estão em dificuldades por motivos de idade e de saúde.
P. – A Custódia, de fato, é um ponto de paz, de acolhida, em uma realidade completamente destruída pelo conflito …
R. – Os frades da Custódia estão ali, e ali permanecerão, porque eles querem ficar perto das pessoas confiadas aos seus cuidados. Eles sabem que as pessoas que ficaram ali não podem ir para outro lugar. Justamente, não as abandonam e estão ali, mesmo com o risco de suas próprias vidas. E – eu diria – eles são algo mais do que meras testemunhas de paz: são também realmente testemunhas de caridade heróica, neste caso. Acrescentaria um convite a todos por uma oração profunda e persistente. Gostaria de retomar o convite do Santo Padre para rezar e jejuar pela Síria, por aqueles que vivem ali e se encontram inocentes no meio do conflito.
Fonte: Rádio Vaticano