Dízimo: partilha dos bens que sustenta a Igreja

No Centro de Formação São João Diego de Guarapuava (PR) reuniram-se dias 10 e 11 de maio, 35 líderes da Pastoral do Dízimo, provenientes de 15 Arquidioceses, Dioceses e Eparquias do Paraná.

“Desde os 12 anos de idade faço a linda experiência de partilhar o Dízimo”, testemunhou Dom Celso Antônio Marchiori, Bispo de Apucarana e referencial para a Pastoral do Dízimo no Regional Sul 2, que esteve presente durante todo o encontro.

“O dízimo não é para o padre ou para o bispo, mas para a própria comunidade. O padre e o bispo passam, mas a comunidade permanece”, enfatizou Padre Paulo Renato Campos, assessor do encontro, ressaltando que o melhor enfoque para a Pastoral do Dízimo é a edificação da comunidade, muito mais do que a ênfase no preceito. O assessor disse que é preciso tomar todo cuidado e desviar completamente da visão da teologia da prosperidade, na qual o dízimo é visto como barganha com Deus.

O modo justo de viver o dízimo se dá quando uma pessoa contribui como gratidão a Deus e reconhecimento do amor divino, que chega a ela por meio da Igreja. A missão da Igreja – disse padre Campos – é ser no mundo a luz de Cristo e para isso necessita de organização e também recursos. O dízimo não é uma prática inventada pela Igreja para arrecadar dinheiro, mas é uma experiência de fé, de compromisso com a Igreja, de sentimento de pertença à comunidade, de encontro com Jesus Cristo e fidelidade a Ele que viveu e promoveu a partilha de bens ao seu redor, sintetizou o assessor. Assim, o objetivo do dízimo não é arrecadar mais, mas sim formar uma comunidade consciente.

No decorrer do encontro foi realizada uma partilha em que cada coordenador pôde apresentar a caminhada da sua diocese. Resultou um panorama diversificado, com métodos e formas variadas de promover o dízimo, com dioceses que têm longa caminhada e outras que estão nos seus primeiros passos. É comum nas dioceses do Paraná a busca incessante a fim de superar a visão reducionista do dízimo que se centraliza sobretudo no econômico.

Os coordenadores dialogaram sobre como conduzir as atividades da Pastoral do Dízimo afim de que as pessoas que contribuem com o dízimo o façam de forma consciente. Enfim, foi unânime a constatação de que para avançar é preciso levar até as comunidades formação sólida sobre o Dízimo.

 

Fonte: CNBB

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