Açores: Diocese de Angra propõe atenção aos jovens, excluídos e famílias na caminhada sinodal

«São convocados todos os batizados» – D. João Lavrador

Angra do Heroísmo, Açores, 06 ago 2019 (Ecclesia) – O bispo de Angra quer mobilizar “todos os batizados” para “aprofundar a visão” sobre a sociedade, a cultura e a Igreja, na caminhada sinodal, com “atenção privilegiada” aos jovens, e envolver “excluídos” e famílias.

“Exige-se que em cada paróquia se renove o Conselho Pastoral e se mobilizem os leigos responsáveis de grupos, de movimentos ou de instituições católicas; deve proporcionar-se que os leigos que desejem possam agrupar-se para ajudarem na partilha da sua reflexão”, escreve D. João Lavrador.

A Diocese de Angra publicou hoje o documento ‘A beleza de Caminharmos juntos em Cristo’, com o programa e o calendário diocesano para o ano pastoral 2019-2020, que visa incrementar a participação de “todos os fiéis batizados” na vida das comunidades cristãs.

“A caminhada sinodal a que nos propomos a nível diocesano, embora se revista de novidade, na verdade prossegue a dinâmica pastoral que se fundamenta no Concilio Ecuménico Vaticano II”, explica o bispo de Angra.

A diocese açoriana procura dedicar uma “atenção privilegiada aos jovens” e a caminhada sinodal implica a “participação ativa dos jovens” que “têm de ter” um protagonismo relevante dos diversos movimentos, grupos e comunidades, com “as responsabilidades que lhes competem nas estruturas eclesiais”.

“Cada comunidade cristã deve saber integrá-los e estes devem ajudar a paróquia a saber dialogar com eles no contexto da sua cultura e das suas novas linguagens”, desenvolve D. João Lavrador.

Numa diocese que “está caracterizada por elevados índices de exclusão”, a caminhada sinodal deve também ser “integradora dos excluídos”, “caminhar em comum exige que seja mesmo com todos e para todos” e têm de encontrar “novos modelos de promoção”, para além de “envolver a família” pela sua “importância para a Igreja e para a sociedade”.

“Teremos de prestar atenção à família, dar-lhe o protagonismo que a ela compete, oferecer os dinamismos necessários para a família seja verdadeiramente a Igreja doméstica e suscitar nas famílias o seu papel evangelizador”, acrescenta o bispo local.

A Igreja Católica no Arquipélago dos Açores vai analisar a realidade “com olhos de crentes”, que significa procurar “aprofundar” o que o Concilio Vaticano II “chama os sinais dos tempos que, a par com a Escritura, a Tradição viva da Igreja e o Magistério, são reveladores de Deus”.

Em ‘A beleza de Caminharmos juntos em Cristo’, salienta-se que há́ épocas na história coletiva e na vivência das comunidades cristãs que “se exige uma refontalização” para, por exemplo, situar a missão evangelizadora como “resposta adequada ao mundo”.

“Pensar numa Igreja em caminho sinodal é partir do pressuposto de que desejamos viver em comunhão eclesial. A eficácia deste estilo de ser e de atuar que é definido por caminhada sinodal terá de contar com a vontade de construir a comunhão”, lê-se em “comunidades cristãs a viverem a comunhão e corresponsáveis na missão”.

A “centralidade da Eucaristia” também está em destaque num percurso que exige formação básica de Teologia que “ofereça um conhecimento das verdades fundamentais da fé cristã e reflexão” sobre as problemáticas que se colocam às ciências teológicas e a diocese está “a caminhar na promoção” das Escolas de Ouvidoria de Formação Cristã, segundo o documento divulgado pelo sítio online ‘Igreja Açores’.

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