A Solenidade da Epifania do Senhor

    Verdadeiramente, este era o Filho de Deus” (Mt 27,54)

    A primeira manifestação de Jesus Cristo como o Filho de Deus e salvador do mundo acontece diante dos três reis magos. Eles chegam a Belém guiados por uma estrela. A história é contada por São Beda — O Venerável, um monge beneditino que viveu entre 673 e 735. Ele escreve a cruzada feita pelos reis do oriente, que guiados pela misteriosa estrela, se encontraram para adorar o Menino Jesus. Eram Melquior, cujo nome significa “meu Rei é luz”, partiu de Ur, na Caldeia. Gaspar, “aquele que vai confirmar”, veio do mar Cáspio. E Baltazar, o “Deus manifesta o Rei”, que partiu do Golfo Pérsico. Eles ofereceram o ouro, o incenso e a mirra.

    Um encontro repleto de significados, como os homens que partiram de vários lugares, guiados pela luz da mesma estrela, vão adorar o Cristo que acabara de nascer, o Rei da Humanidade — uma representação da união de raças e povos do mundo. Assim, formou-se a primeira Epifania, que nos convida ao entendimento de que o único lugar onde podemos encontrar Deus é na humanidade de Jesus Cristo é na humanidade.

    Ou seja, a Epifania é a clara manifestação de Jesus Cristo como o Filho de Deus, que veio para nos salvar. Mas há outras Epifanias que marcam a vida de Jesus. Além da primeira, com a manifestação de Jesus para os três reis magos (sábios) na gruta de Belém. Outra Epifania acontece no momento do Batismo, quando o Pai revela que Jesus é seu Filho amado (Mt 3,17). No início de sua vida pública, existe outra Epifania, nas bodas de Caná (Jo 2,1-11). E a Epifania na Cruz, quando o centurião romando afirma: “verdadeiramente, este era o Filho de Deus” (Mt 27,54).

    Por isso, a luz é o tema da Liturgia da Festa da Epifania. Nenhuma escuridão resiste ao poder da luz de Cristo. Os reis magos buscavam a verdade quando, ao percorrer caminhos diferentes rumo a um mesmo destino, se encontraram em busca de uma verdade. Os presentes oferecidos ao Menino Jesus — o ouro, o incenso e a mirra — também possuem significados a altura daquele momento: o ouro como símbolo da realeza, o incenso representando a sua divindade a e mirra, a humanidade do Senhor.

    A união de povos — com os três reis magos que partiram de lugares diferentes — são o significado de que Jesus não veio salvar apenas um povo, mas toda a humanidade. É o salvador celebrado em um momento de profunda humildade e união, iluminando o grande momento da nossa história. É o nascimento do amor em Cristo, da esperança, da fraternidade e do amor que devem prevalecer sobre todos os males.

    Assim, todos nós católicos devemos celebrar a Festa da Epifania, que é o grande momento da Salvação Universal de Deus, que nos acolheu com seu Filho, Jesus Cristo. São “os reis de Társis e das ilhas lhe trarão presentes; os reis da Arábia e de Sabá oferecer-lhe-ão seus dons. Todos os reis hão de adorá-lo, hão de servi-lo todas as nações. (Sl 72, 10-11).

    Em muitas cidades ainda contemplamos a beleza das Folias de Reis cantando o mistério do Natal e da Epifania do Menino Deus. Continuemos manifestando a grandeza do mistério da fé a todos os homens e mulheres de boa vontade!

    Que possamos viver mais este momento sublime de adoração à história que dá sentido à nossas vidas, a vinda do Senhor, celebrando a Epifania do Senhor em 6 de janeiro de 2023. Façamos desse momento, a união da nossa família, a união dos povos em louvor ao Filho de Deus.

    Saudações em Cristo!

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