A salvação definitiva

O autor da carta aos Hebreus procura reerguer as comunidades cristãs do século I, desanimadas diante das dificuldades.
O texto da segunda leitura do trigésimo domingo do Tempo Comum contrapõe duas situações: 1.- a do sacerdócio antigo, na qual os sacerdotes se apresentavam diariamente para celebrar o culto, oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios. A constatação que se tira daí é que esses sacrifícios não apagam pecados; 2.- a situação de Cristo: seu sacrifício foi oferecido uma única vez. A oposição continua: os sacerdotes antigos permaneciam no Templo, ao passo que Jesus sentou-se para sempre à direita de Deus. E a conseqüência que o autor tira daí é a seguinte: “Não lhe resta mais senão esperar até que seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés”.
A liturgia que Cristo celebrou com sua morte e ressurreição é única e definitiva. Por meio dela, levou à perfeição os que Ele santifica. Contraposta à liturgia do sacerdócio antigo, que não conseguiu perdoar as faltas, a oferenda de sua vida cancelou os pecados da humanidade de forma acabada. Portanto, o sacerdócio de Cristo abriu caminho novo de acesso ao Pai. E a verdadeira liturgia que a comunidade cristã celebra é a memória desse evento libertador. Essa memória, aliada à fé naquele que nos santificou, faz com que os cristãos se comprometam estreitamente com o sacerdócio de Cristo
A comunidade deve discernir sobre quais são esses inimigos de Cristo que deverão ser submetidos a Ele. O mundo nos mostra a cada instante a ação desses inimigos. Não é difícil detectá-los. Cabe a nós coletiva e individualmente assinalá-los e combatê-los.

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