Cidade do Vaticano
“Esta árvore quer ser o ramo de oliveira no bico da pomba: o anúncio do fim do período das trevas e o início de um período luminoso na história do Afeganistão”: são algumas das emocionantes palavras do padre barnabita Giovanni Scalese, ao qual o Papa Francisco, em 2015, confiou a Missão sui iuris no Afeganistão. Para o religioso estas palavras querem enfatizar o compromisso e a contribuição que a pequena comunidade católica quer e pode dar para a construção da paz no Afeganistão.
Oliveira da paz
“Por isso a chamaremos Oliveira da paz”, prosseguiu o sacerdote durante a celebração realizada no Domingo de Ramos, na capela católica da embaixada italiana em Cabul. No local foi plantada uma oliveira proveniente de Nazaré, doada à missão pelo irmão Carlo Fondrini, guanelliano, diretor do “Centro para crianças com deficiências” presente na capital afegã e administrado pela comunidade intercongregacional “Pro Bambini of Kabul”.
Confiando na força da única arma a disposição, a oração, que para o povo afegão torna-se sinônimo de amizade e de esperança, o sacerdote convidou a comunidade presente a rezar para que a paz finalmente crie raízes fortes e profundas neste país martirizado por décadas de guerras civis.
Acreditar no futuro de paz
Padre Scalese mostrou-se muito confiante com a perspectiva do início de uma fase de mudança. De um novo caminho, que certamente não será fácil e sem obstáculos, mas que levará o Afeganistão “para a direção de um futuro melhor”. Segundo o sacerdote, será necessário que as partes em causa reconheçam as razões uns dos outros e principalmente, ponto fundamental para conseguir um acordo de paz, estejam dispostos a colocar em discussão algumas de suas próprias convicções.
“Esperamos que se realize verdadeiramente a profecia de Isaías: ‘Devem fundir suas espadas, para fazer bicos de arado, fundir as lanças, para delas fazer foices. Nenhuma nação pegará em armas contra a outra e nunca mais se treinarão para a guerra’ (Is 2, 4)”, recordou o barnabita.
Comunidades cristãs presentes
O serviço das comunidades cristãs, mesmo limitado, é formado totalmente por estrangeiros e é dirigido em particular aos mais pobres entre os pobres: a assistência aos mais necessitados é ininterrupta, principalmente na capital, com particular atenção à instrução e à formação dos jovens.
Atualmente existem três comunidades religiosas presentes no Afeganistão: os jesuítas com o seu Serviço dos Refugiados Jesuítas, envolvidos no campo da educação; as irmãs de Madre Teresa, que administram um orfanato para crianças abandonadas e dão assistência a cerca de 400 famílias pobres e a comunidade inter-congregacional “Pro Bambini of Kabul”, que tem uma pequena escola para crianças com deficiências mentais não graves, apoiada por uma organização italiana sem fins lucrativos.