A fé dos pais aos filhos

    Jamais pensar numa catequese apócrifa, na evidente aparência de “coisa escondida ou oculta”. Nada de uma catequese duvidosa ou falsa, nas diversas novidades do mundo, até mesmo nos falsos ou apócrifos padres, como foi veiculado recentemente, e por meio deles se deveria falar tudo, a bem verdade. Catequese, sim, mas a partir de Jesus de Nazaré, uma catequese muito verdadeira e autenticamente abrangente, na vida concreta das pessoas, no alargado e grande sonho: catequese para os nossos tempos, atualizada, fecunda, na promessa de muitos e bons frutos.

    A fé dos povos católicos passa, em grande parte, dos pais para os filhos, no modo como se chega ao primeiro anúncio e no encanto das crianças por Deus e por sua Santa Mãe, a Virgem Maria. O exemplo da mãe, ao reverenciar o crucifixo e o apontar com a mão, nos ajuda a pensar na catequese como missão da Igreja e riqueza para o mundo. Que se possa reafirmar a importância da catequese nos generosos e conscientes catequistas, sabedores de suas tarefas temporais, mas sem prescindir do serviço à Igreja, comunidade de fé e sacramento de salvação, fazendo-a florescer, numa Igreja inclusiva e solidária.

    Como é maravilhoso considerar o processo catequético! A atenção que se dá, nas diversas circunstâncias, com a mão do pai ao fazer o sinal da cruz, sem esquecer de outros sinais, que se dão em família, através de inúmeras palavras e gestos, em que as crianças percebem e escutam aquilo que representa e diz respeito ao fundamento da fé, mas no mais amplo compromisso dos catequistas, em toda a caminhada evangelizadora, convencidos de que são criaturas dignas, na esperança de todos tomarem seu lugar em torno do mesmo alimento sagrado, com o “pão em todas as mesas”.

    Pensar mesmo que o exemplo arrasta multidões, como no caso de os bebês se criarem sem o contato com os adultos, crescendo neles pouca “humanidade”, e os pais, ao comunicarem aos filhos o que eles carregam de melhor consigo aqui na face da terra, tendo como presente o futuro civilizatório, na cultura, convicção e costume de um povo, quando se escuta de crianças o que não se deve fazer, começando por maltratar plantas floríferas, animais, passarinhos.

    Como é magnífico o esforço dos pais! Ao viverem e testemunharem sua fé, no contexto familiar, os filhos os acompanham numa generosa e espontânea pedagogia, reconhecida depois como herança ou espólio de gratidão, mistério imorredouro que lhes foi comunicado, numa riqueza incomparável, com uma fé que é capaz de mover montanhas.

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