Estamos vivenciando, dentro de nossa Igreja no Brasil, a partir do Dia dos Pais, dia 9, até o dia 16 de agosto, Assunção de Maria, a Semana Nacional da Família. O tema deste ano é “O amor é a nossa missão: a Família plenamente viva”. Este tema foi inspirado nas palavras de um santo dos primeiros séculos da Igreja: Santo Irineu. Ele afirmou que a “glória de Deus é o homem plenamente vivo”. “Ele expressa e manifesta o desejo, inscrito no coração da grande maioria de homens e mulheres sobre a face da terra, que não sabe viver sem o amor: o amor que é compromisso com o outro, em especial entre um homem e uma mulher, e aberto a acolher novas vidas”.
A Semana Nacional da Família é promovida pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF).
A semana acontece desde 1992, sempre na segunda semana de agosto, mês dedicado às vocações, tendo início com o “Dia dos Pais”, dia em que a Igreja no país dedica à vocação matrimonial, e o seu encerramento no domingo seguinte, com ações internas e externas em nossas comunidades paroquiais.
A fim de auxiliar as atividades de oração e reflexão, a Comissão para a Vida e a Família e a CNPF elaboraram um subsídio intitulado “Hora da Família”, que propõe sete encontros voltados às famílias, jovens, crianças, casais de namorados e noivos.
Trata-se de um subsídio que abrange todos os aspectos da vida familiar, especialmente aqueles que são mais desafiadores. Os temas deste ano aprofundam o aspecto do amor, que é a primeira missão da família.
A conjuntura cultural e os novos paradigmas têm impactado profundamente a família cristã. São muitas as contradições, pois grande parte das famílias de hoje carrega um misto de valores, alguns verdadeiros e outros negativos ou falsos. É verdade que precisamos acolher os verdadeiros valores da cultura atual. Porém, não podemos desprezar ou sepultar os antigos valores herdados dos antepassados e passados de pais para filhos na cultura tradicional.
Temos muitas preocupações com a situação familiar hoje! Uma delas é a preparação para o matrimônio. Chamamos de setor pré-matrimonial. Pois, uma boa, séria e remota preparação gera famílias com bases sólidas, duradouras e felizes. Estão presentes também as preocupações com os divorciados e recasados. É cada vez maior o número de casais em 2ª ou 3ª união, os quais precisam de um olhar de misericórdia e acolhimento da Igreja. Vale lembrar que a causa do divórcio está, sobretudo, no “improvisamento” dos casamentos, os quais tiveram pouca ou nenhuma preparação para o matrimônio. Além disso, tem o incentivo e facilitação do Estado (da lei), com a promulgação do “divórcio à jato” pela Internet.
A edição do “Hora da Família” está em sintonia com o tema do Encontro Mundial das Famílias que acontecerá no mês de setembro, na Filadélfia, com presença do Papa Francisco. O tema de ambos os eventos é “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva”.
É preciso reconhecer o valor da vida e da família. Só assim perceberemos como vale a pena lutar, trabalhar, esforçar-se em favor de ambas. A Semana Nacional da Família é “uma oportunidade de demonstrarmos, como Igreja e como cidadãos, não só aquilo que cremos, mas também aquilo que desejamos para nossas famílias, para nossas cidades e para nosso país”, ou seja, além do trabalho ao interno da Igreja, somos chamados a ser sinais de esperança em nossa sociedade tão carente e caótica.
Continuemos, após a Semana Nacional da Família, a batalhar para que esta célula mãe de nossa sociedade continue sua missão, contagiando com o bem a vida de todos e levando a todos a alegria de viver o Evangelho em família. Rezemos pelas famílias. Que a Sagrada Família de Nazaré seja o nosso modelo.