A alegria que vem do Natal!

          “Manifestou-se a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor pela humanidade”(cf. Tt 3,4). Natal constitui o início desta mais alta manifestação da divina bondade, uma manifestação que se estenderá por toda a vida de Jesus até a sua glorificação e seu dom do Espírito Santo para os que o acolhem. Deus manifesta sua bondade “não por palavras ou com a boca”, como escreve São Joao, “mas com ações de verdade”(cf. 1Jo 3,18). Sua ação decisiva é o envio do seu Filho ao mundo em nossa carne. Abrindo mão de suas prerrogativas divinas, o Verbo eterno de Deus faz-se um de nós no homem Jesus Cristo. Ele, Deus de Deus, torna-se um Homem entre os homens, compartilhando plenamente a nossa humildade condição.

          Celebrar o Natal é viver em família o espírito do presépio, abaixar-se, contemplar, adorar, viver. Natal é o Pai eterno que por amor por nós nos dá seu Filho como companheiro, mestre e redentor para depois, juntamente com este Filho, infundir em nossos corações o Espírito do seu amor, aquele que nos leva para dentro da família trinitária. Há uma antiga tradição na Igreja de ajoelhar-nos durante a oração do Creio e rezar as palavras: “E se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem”. É exatamente isso que celebramos e vivemos no Natal. Quem compreende, mesmo um pouco, o que é o Natal, só quer ajoelhar-se, adorar e agradecer.

           Jesus, Luz do Mundo, em meio às palhas da humanidade. Muitas vezes caímos num grande pecado quando desejamos ver Jesus tal como ele é. Procuramos ele nos lugares errados. É preciso saber procurar. Poderíamos fazer como Maria: “(…) guardava todos estes fatos e meditava sobre eles em seu coração”(cf. Lc 2,19). Um coração tranquilo, humilde, despojado de tudo tem mais possibilidade de encontrar Jesus e o que mais nos agrada é saber que ao encontrar o Filho de Deus, se encontra também Maria e José.

        A verdadeira alegria está ligada a aspectos mais profundos: oração, trabalho evangelizador, descanso. A felicidade está vinculada à relação com Deus; não é um estado de espírito passageiro, nem algo que obtemos com nossos esforços. É um dom que nasce do nosso autêntico e doce encontro com a pessoa viva de Jesus.

           Por isso, como João Batista, que testemunhou Jesus Cristo, quem encontrou o Deus Menino em sua vida sente no coração uma serenidade e uma alegria que ninguém e nenhuma adversidade pode tirar.

           Que este estado de alegria cristã nos abra o espírito, neste Advento, para bem celebrar o Natal.

             Que em 2020, possamos fazer acontecer o desejo do Papa Francisco: “Podemos encontrar novo impulso e contribuir para a difusão de uma cultura respeitadora da vida, da saúde e do meio ambiente; lutar pelo respeito da integridade e dignidade das pessoas, abordando corretamente as questões bioéticas e a tutela dos mais fracos”.

               Tal ensinamento, tão sublime e verdadeiro, tem sido minha missão, e é a missão da Pró Saúde que presido. Um Natal de amor e paz, um Novo Ano de fé, esperança, trabalho e misericórdia!

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