21° Domingo do Tempo Comum

“A quem iremos Senhor? Somente tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6, 68)

 Neste domingo o Vigésimo Primeiro do Tempo Comum, dentro do mês vocacional, um mês especial para a Igreja, uma sinfonia vocacional, onde a cada Domingo recordamos uma vocação em específico. Chegamos no último Domingo desse mês e recordamos a vocação para os ministérios e serviços na comunidade dentro da vida laical e o Dia Nacional dos Catequistas, agora, ministério instituido.

Após o batismo, cada batizado é chamado a ser discípulo e missionário do Senhor e pode exercer esse discipulado testemunhando Jesus Cristo dentro da comunidade assumindo algum trabalho pastoral. À medida que o tempo vai passando e vamos amadurecendo na fé descobriremos para qual pastoral temos uma maior identificação.

Através de nossa intimidade com Deus por meio da oração descobriremos como poderemos servir melhor a Igreja e para qual vocação Ele nos chama, e em qual pastoral seremos suas testemunhas. Cada um de nós tem dentro de si um talento ou um dom, que precisa ser descoberto e colocado a serviço da comunidade.

Ser catequista é uma graça de Deus; o primeiro catequista da paróquia é o padre, mas devido aos diversos deveres pastorais não pode estar com as turmas de catequese, então o padre indica os catequistas, que depois de fazerem a devida preparação, instituídos por mandato do Bispo Diocesano, eles possam em nome da Igreja ensinar a Palavra de Deus aos catequisandos.

O Senhor nos chama, descubramos a qual vocação ou ministério podemos melhor servi-lo em nossas comunidades. Além de catequistas podemos participar do ministério de leitor, ministério da extraordinário da Comunhão Eucarística, ministério de música, da consolação e esperança, dirigir pequenas comunidades ou círculos bíblicos, participar dos conselhos de pastoral e administrativo da paróquia  e tantas outras missões, em especial a evangelização. Este domingo além de ser o dia dos catequistas é dia do ministério laical, ou seja, os diversos ministérios e pastorais em que podemos servir ao Senhor.

No Evangelho deste domingo, os discípulos questionam Jesus dizendo que as palavras dele eram duras demais, alguns chegam a ir embora. Jesus diz aos apóstolos: “Vós também quereis ir embora”?  Essa mesma pergunta Ele nos faz hoje, se queremos continuar seguindo o que Ele nos ensina ou se queremos abandoná-lo. A palavra do Senhor não é dura, o que é duro demais é o coração humano.

A primeira leitura dessa missa é do livro de Josué (Js 24,1-2a.15-17.18b): nesse trecho do livro de Josué, ele teve a missão de conduzir o povo de Israel na terra prometida após a partida de Moisés, ao mesmo modo que os discípulos continuaram a missão após a ressurreição de Jesus. Josué reúne todas as tribos junto com os chefes, anciãos e magistrados. Josué diz a todos que eles deveriam escolher a quem queriam servir, ou à Deus que os libertou do Egito e os fez entrar na terra prometida, ou aos deuses desse mundo. Josué diz que ele e a família dele servirão ao Senhor dos exércitos, aquele ao qual fez aliança com Moisés e com Israel. Diante das palavras de Josué o povo também diz que não deixará de servir ao Senhor e continuará seguindo aquilo que Ele fala por meio dos profetas.

Em consonância com o Evangelho essa leitura é dirigida também para nós, e nos faz meditar a quem queremos seguir ao Senhor nos escolheu desde o ventre materno, ou aos prazeres desse mundo.

O salmo responsorial é o 33(34), que diz em seu refrão: “Provai e vede quão suave é o Senhor”, justamente o refrão desse salmo entra em sintonia com a liturgia que estamos celebrando hoje, e quer nos dizer que a Palavra de Deus não pesada demais e nem dura demais, mas é suave. O Senhor antes de tudo deseja a salvação do ser humano e não a sua condenação.

A segunda leitura é da carta de São Paulo aos Efésios (Ef 5,21-32). Nesse trecho da carta Paulo se dirige a comunidade de Éfeso dizendo que todos devem amar-se uns aos outros, do mesmo modo que Cristo ama a sua Igreja. Paulo pede que as mulheres sejam solícitas aos seus maridos, do mesmo modo que a Igreja é solícita a Cristo, e que os maridos amem as suas esposas e lhes sejam fiéis. Os dois ao se unirem em matrimônio formam uma só carne, não são mais dois, mas um só. O casamento é indissolúvel, ou seja, uma vez casados é para a vida toda.

O Evangelho desse domingo é o final da capítulo sexto de João (Jo 6,60-69): nesse trecho do capítulo sexto de João, muitos dos discípulos que seguiam Jesus e o escutavam diziam que suas palavras eram muito duras.

Jesus volta-se para eles e diz: “Isto vos escandaliza”? e ainda acrescenta: “E quando virdes o Filho do homem subindo para onde estava antes”?  O mesmo Espírito Santo que possibilitou a encarnação de Jesus entre nós, é o mesmo Espírito que o levará de volta para o Pai. Esse Espírito Santo nos fará entender e compreender a Palavra de Deus. Não existem palavras duras ou difíceis demais se pedirmos a luz do Espírito Santo para compreender.

Depois disso muitos discípulos foram embora e não andavam mais com Jesus, e pergunta aos doze se eles também queriam ir embora, e Pedro responde: “A quem iremos Senhor? Somente tu tens palavras de vida eterna” Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.

Meus irmãos, o Senhor pergunta para nós também hoje se queremos segui-lo e ouvir sua Palavra ou se queremos ir embora. O Senhor nos chama para servi-lo nas mais diversas pastorais e espera a nossa resposta.  Celebremos com alegria Vigésimo Primeiro Domingo do Tempo Comum e peçamos que o Espírito Santo nos explique todas as palavras do Evangelho, amém!

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