Tremor de 7,5 graus na escala Richter ocorreu no mesmo dia em que o país registrou seu pico diário de contágios pelo coronavírus até o momento
O tremor, com epicentro a 20 quilômetros do povoado de La Crucecita, no Estado de Oaxaca, ocorreu na mesma data em que o país registrou o seu pico diário de contágios pelo coronavírus até o momento: 6.288 novos casos, um número que, ainda assim, é considerado amplamente inferior à realidade por causa de fortes indícios de subnotificação. As mortes decorrentes da covid-19 no México já são cerca de 23.500, uma incidência que, mesmo subnotificada, é muito superior à brasileira em quantidade de óbitos por milhão de habitantes.
O Estado de Oaxaca, um dos mais pobres do país, já tinha sido atingido em setembro de 2017 por outro terremoto ainda mais forte, que chegou a 8 graus na escala Richter e deixou mais de 300 mortos no país.
No sismo desta terça, foram confirmadas 5 mortes até o momento e relatados danos em edificações, mas sem desabamentos. A marinha mexicana chegou a emitir um alerta de tsunami para Oaxaca e para o Estado vizinho, Guerrero, bem como para países próximos na América Central, mas, felizmente, esse risco não se concretizou.
Histórico de tremores
O México se localiza em uma das regiões de maior atividade sísmica do mundo. O terremoto mais mortífero sofrido pelo país nos últimos 70 anos foi o de 19 de setembro de 1985, no qual estima-se que morreram de 10.000 a 20.000 pessoas, a maioria na Cidade do México. A capital recebeu desde então um grande aprimoramento em seu sistema de alarmes sísmicos, que funcionaram muito bem nesta terça e avisaram a população sobre a movimentação das placas com um minuto de antecedência em relação ao momento em que os tremores foram sentidos na superfície.
O povo mexicano se recoloca nas mãos de Nossa Senhora de Guadalupe, sua amada Padroeira, que é também a Imperatriz de todas as Américas, pedindo a sua maternal intercessão e proteção.