Mateus Lino – Cidade do Vaticano
“Abrir as portas a Cristo!” disse São João Paulo II, em 22 de outubro de 1978, ao iniciar o segundo pontificado mais longo da história. Essa frase pode ser vista no Santuário de São João Paulo II em Cracóvia, no qual preserva a vida e história de Karol Wojtyla. Conhecido como Peregrino do Amor, logo após a sua morte em 2005, fiéis na Praça São Pedro erguiam placas e falavam “Santo Súbito” e, assim, 9 anos depois, em 2014, foi canonizado pelo Papa Francisco na Praça São Pedro.
O que muitos não sabem, é que existe um lugar onde é possível relembrar a vida de São João Paulo II fora da Cidade do Vaticano. Em Cracóvia, na Polônia, o Santuário São João Paulo II foi construído e dedicado a vida do Peregrino do Amor.
O Santuário foi inaugurado em 2013 e construído sobre a antiga fábrica onde Karol Wojtyla trabalhou durante à sua juventude, na época estava acontecendo à Segunda Guerra Mundial.
Minha visita ao Santuário
Não cheguei a ver São João Paulo II ser eleito no Conclave e nem o atentado contra a vida dele em 1981, mas, o que recorda a minha infância é a notícia em que o Papa São João Paulo II tinha falecido. Com apenas cinco anos de idade, aquele momento marcou o início da minha vida.
Mas tarde, quando comecei minha caminhada na Igreja, servindo ao altar como coroinha e acólito, percebi o quanto São João Paulo II, que na época era beato, tinha a ver com minha história. A vida de Karol Wojtyla, nascido em Wadowice, Polônia, tinha conquistado o meu coração. Nesse momento, começou a minha devoção a São João Paulo II, meu amigo no céu!
No ano passado, tive a oportunidade de ir à Jornada Mundial da Juventude, no Panamá, e lá aprofundei ainda mais a minha devoção por São João Paulo II. Em uma oportunidade dada por Deus, fui escolhido a dedo para representar o Brasil nas Preces da Missa de Envio da JMJ, para o Papa Francisco, que ocorreu no dia 27 de janeiro de 2019. Quando soube da notícia, pedi a sua intercessão e a seguinte frase dita por ele, que marcou a juventude, ressoava em meu coração: “Jovens, não tenham medo! Não tenham medo de ser Santos no novo milênio”, – Jornada Mundial da Juventude de Roma, em 2000. Essa frase me encorajou para ficar ao lado do Santo Padre!
Recentemente estive em Cracóvia e essa visita teve um ocasião especial: fui ao Santuário dedicado a ele, onde se encontram muitos objetos de sua vida pessoal.
Logo que você chega ao Santuário, você vê a estátua de São João Paulo II.
A estátua lembra a passagem de Cristo o Bom Pastor: “Eu sou o bom-pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas.” – João 10, 14-15
Abri as portas a Cristo
A frase que marcou o início do pontificado, está escrita logo na entrada do Santuário em Italiano, “Nolite timere. Aperite portas Christo.”
A batina do atentado
Um dos locais mais emocionantes, é dentro da Basílica. Lá está a batina que São João Paulo II usava em 1981, no dia que sofreu o atentado na Praça São Pedro. A batina tem o sangue de São João Paulo II.
O Museu de São João Paulo II
Ao lado do Santuário, está o museu de São João Paulo II, neste local estão muitos pertences de sua vida pessoaI. Logo na entrada, você escuta o discurso que iniciou o seu pontificado na Praça São Pedro. É um misto de emoções, reviver a vida e história desse Santo.
O quarto de Karol
Dentre muitos lugares do museu, está o quarto de Wojtyla, representado com os mesmos objetos do seu antigo quarto.
Terra do Brasil
O Papa guardava entre seus pertences um pouco da terra do Brasil.
O Papa da juventude
São João Paulo II é um dos padroeiros da juventude. Em 1985, ele criou a Jornada Mundial da Juventude, dedicada especialmente para unir a juventude do mundo inteiro. Seu amor pelos jovens veio bem antes de ter sido eleito Papa, quando era padre, resolvia os conflitos rotineiros dos jovens através dos esportes e longas conversas. Em 1978, em seu primeiro Angelus, dedicou especialmente aos jovens do mundo inteiro com a seguinte frase: “vós sois o futuro do mundo, a esperança da Igreja. Vós sois a minha esperança”.