Com esse domingo inicia-se a Semana Santa. Todas as celebrações, leituras, reflexões e envolvimento dos cristãos, que marcam a Quaresma, a Semana Santa e a Páscoa, devem tirar as pessoas da prática do indiferentismo. A vida não pode ser um “tanto faz, tanto fez”, sem responsabilidade cristã e social. Também não podemos ser intolerantes, porque Jesus nos incluiu a todos.
Em geral, vivemos num mundo de preconceitos, que projeta diferenças entre as pessoas. Falamos de puras e impuras, melhores e piores, maiores e menores. Preconceitos que devem ser trabalhados de maneira a formar comunidades de indivíduos diferentes, com diversidades, mas unidos no mesmo objetivo cristão: o bem de todos, com dimensão humana, mas projetada para as coisas do alto.
No caminho da Paixão de Jesus, que começa com a benção dos ramos, o cristão deve mudar a partir da escuta da Palavra de Deus e pela fidelidade diante dela, mesmo que isto custe sacrifícios. É o que esteve bem presente nas posturas de Jesus Cristo, no seu testemunho de autenticidade, culminando com a morte na cruz.
Ouvir a Palavra de Deus tem muito a ver com a obediência diante das propostas do Evangelho. Com isto não perdemos o rumo da estrada e nem ficamos inativos, estagnados em nosso mundo privatizado pelo egoísmo e pelo individualismo estressante. A morte de Jesus na cruz foi a chave de libertação e de superação de todas as fraquezas que impedem as pessoas de serem perfeitas.
No condicionamento humano, existem os anônimos que nos rodeiam e estão por aí mendigando o direito de voz e de esperança, aguardando uma mão estendida para que sejam também reconhecidos como serem humanos. Foram os preferidos do Senhor, que recebiam Dele o carinho e o reconhecimento de sua dignidade.
Olhando para Jesus a partir do Domingo de Ramos, devemos entender que o sentido da vida não está no status, no orgulho próprio e nem no privilégio pessoal, mas na capacidade de prestar serviço ao outros, reconhecendo neles a imagem e semelhança do Senhor.