Cidade do Vaticano
Os bispos filipinos divulgaram o logotipo oficial das celebrações do 500º aniversário da chegada do cristianismo ao país em 1521. O logotipo, que traz o tema “Dado para dar”, foi aprovado pelos membros do Conselho Permanente da Conferência dos Bispos em 18 de setembro.
Os elementos do logotipo
Em uma declaração, o secretário-geral da Conferência, padre Marvin Mejia, explicou os vários elementos do logotipo, formados por uma Cruz, um navio, o sol, um rosário, entre outros.
A Cruz plantada pelo navegador português Fernão de Magalhães na Ilha de Cebu, representa cristianismo e serve como o mastro de um navio.
O navio representa os navegadores da expedição que levou a fé até a ilha. Significa também a Igreja e seus Sacramentos.
Uma pomba simboliza o Espírito Santo, que confere a “Vida Divina” no Sacramento do Batismo. Também aparece uma nuvem que manifesta a presença de Deus.
“Ele também está levemente preso à Cruz ou ao mastro como uma vela do navio, nos dizendo significativamente que, pelo Espírito Santo, os missionários foram trazidos ao nosso país, nos trazendo o cristianismo”, explicou o padre Mejia.
“O padrão circular do Espírito Santo mostra que ele navega ao redor de todo o mundo, pois Deus é um Deus missionário que enviou a Igreja para a missão mundial”, acrescentou.
A figura central do logotipo foi inspirada na pintura do artista nacional Fernando Amorsolo, “Primeiro Batismo nas Filipinas”.
O sol, marca registrada das várias obras de arte de Amorsolo, foi “copiado” da bandeira das Filipinas, sugerindo a ideia de que o país é “a pérola do mar do oriente”. “Isso também significa nova vida, um novo começo, o Cristo ressuscitado, a esperança da nossa salvação”, acrescentou o sacerdote.
O “ichtus” ou o peixe, que simboliza Jesus, é uma recordação de que a fé que professamos é a mesma fé dos primeiros cristãos. Sua cor vermelha significa o sangue dos mártires, a “semente da fé cristã na imitação de Cristo”.
Recordação de como os filipinos abraçaram a fé
O bispo auxiliar de Manila e presidente da Comissão Episcopal dos Leigos, Dom Broderick Pabillo, disse anteriormente que a observância de 2021 “é uma recordação de como os filipinos abraçaram a fé católica. Não é uma recordação de como fomos colonizados, mas de como os filipinos abraçaram o catolicismo”, enfatizou o prelado, acrescentando que “a colonização e a chegada do cristianismo ao país são duas coisas diferentes”.
Cristianismo chegou ao país com a colonização europeia
A chegada de Fernão de Magalhães, em 1521, marcou o início da colonização europeia nas Filipinas. Foi o navegador português, a serviço do Rei de Espanha, levou o cristianismo às ilhas.
Mas os primeiros povoados permanentes ocidentais na Ilha de Cebu, surgiram com a expedição de Miguel López de Legazpi, em 1565, que passou a chamar o arquipélago de “Las Islas Filipinas”, em honra ao Rei Filipe II da Espanha.
Mais tarde os espanhóis estabeleceriam a era da colonização que duraria 300 anos. Graças a isso, o catolicismo tornou-se a religião predominante no país. Foram os espanhóis que fizeram de Manila a capital da colônia (desde 1571).
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