Em seu novo livro, pe. Fábio de Melo fala sobre o sequestro da subjetividade, das privações que sofremos quando estabelecemos com alguém vínculos que minam nossa capacidade de ser quem somos
Padre Fábio de Melo diz sempre que é um colecionador de histórias. Ao longo da sua trajetória como pregador, músico e escritor, reuniu uma infinidade delas alegres e tristes principal matéria-prima para seus livros.
Com Quem me roubou de mim? (Planeta, 176 pp, R$ 24190), que acaba de chegar às livrarias, não é diferente. Da sua antologia, o autor pinçou histórias sobre o roubo da subjetividade e os cativeiros afetivos e suas desastrosas consequências.
Na introdução, padre Fábio conta que o livro é fruto de um desassossego. “Vi de perto muitas pessoas perderem épocas preciosas de suas vidas, ou até mesmo a vida inteira, porque estavam encarceradas em relacionamentos altamente nocivos”, explica o autor de sucessos como Tempo de esperas, Orfandades O destino das ausências e É sagrado viver “Em nome do amor cometemos crimes hediondos. Em nome do amor aprisionamos, condicionamos, cerceamos esperanças, despersonalizamos e impomos fardos”, completa.
No livro, o autor faz um convite a seus leitores para que observem suas próprias histórias. “Meu desejo é que olhem para os seus relacionamentos, identificando neles posturas que possam nutrir, em nome do amor que dizemos sentir, uma postura que atenta contra o direito de exercer o mais belo dom recebido de Deus: a liberdade interior”, explica.
O livro faz refletir e, ao final, o leitor se questiona: Será que sou lembrança doída na vida de alguém? Será que já construí cativeiros? Será que já vivi em algum? E, por fim, padre Fábio aconselha: “Sejam quais forem as respostas, não tenha medo delas. Mais vale uma verdade amarga que tenha o poder de nos fazer crescer do que uma mentira adocicada que nos mantenha acorrentados no cativeiro da ignorância. Hoje é dia de resgate. A poda já foi aberta. É hora de sair”.
Sobre o autor
Padre Fábio de Melo é mineiro natural da cidade de Formiga. Graduado em Filosofia e Teologia, pós-graduado em Educação e mestre em Teologia Sistemática, dedica-se ao trabalho de evangelização pela arte em diversas áreas: como padre, professor universitário, escritor, cantor e compositor. Já vendeu mais de 1 milhão de livros (seus três livros mais recentes, Tempo de Esperas, Orfandades O destino das ausências e É sagrado viver, foram publicados pela Planeta), além de 2 milhões de cópias de CDs e DVDs.
Fonte: Editora Planeta
Local: São Paulo (SP)