Olhemos para a imagem de uma árvore, formada pelo tronco e seus ramos, sendo estes últimos totalmente dependentes do tronco, de onde buscam a seiva e o que é necessário para sua sobrevivência. Tronco sem galhos e ramos não passa de uma madeira sem vida e passiva de ser sacrificada.
A Palavra de Deus usa a imagem da videira e dos ramos para falar da intimidade dos cristãos com seu mestre, o Cristo, como a identidade de um tronco, de onde brota a força para a vida cristã. É uma força transformadora, capaz de produzir vida, folhas, flores e frutos, mostrando a beleza da árvore e da natureza.
Saulo, de perseguidor dos cristãos, só após ser enxertado em Cristo, torna-se nova criatura, muda seu nome para Paulo e entrega toda sua vida em defesa dos cristãos. Ele passa a buscar sua força, sua seiva e sua determinação na Pessoa de Jesus Cristo. Foi como o ramo que busca vida naquilo que lhe dá sustentação, o tronco, com raízes firmes e bem fincadas no seio da terra.
Permanecer no tronco, isto é, em Jesus Cristo, é renovar os compromissos com o Deus da vida, é superar os ditames da sociedade da morte, da injustiça e da infidelidade. Jesus é contundente ao dizer que sem mim nada podeis fazer (Jo 15,5). Realmente, sem Deus somos incapazes de construir a vida.
Não adianta dizer e fazer as coisas apenas com palavras, se elas não forem acompanhadas pela prática da verdade, que vem de Deus. Paulo disse: Se Deus é por nós, quem será contra nós? (Rm 8,21). Nisto está a raiz de toda a ação do cristianismo, que fez com que ele conseguisse superar barreiras e grandes dificuldades.
Hoje temos que nos perguntar se os nossos projetos são assentados nos princípios divinos, ou se são apenas decisões humanas, individualistas e egoístas. É impossível ser cristão sem estar em sintonia com a proposta contida na Palavra de Deus e destinada ao bem e à vida das pessoas, com dignidade.