Católicos celebram um ano da encíclica ecológica ‘Laudato Si’

Católicos ao redor do mundo inteiro estão celebrando o aniversário de um ano da publicação oficial da encíclica ecológica ‘Laudato Si’, do Papa Francisco, no próximo dia 18 de junho, com uma semana de ações chamando a atenção para as muitas formas de agir para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. O foco desta iniciativa global é mostrar que seja instalando painéis solares em igrejas ou consumindo eletricidade de forma mais eficiente em casa, todo tipo de ação é importante. 

Cerca de 300 eventos locais para celebrar a ‘Laudato Si’ vão acontecer em mais de 30 países. A celebração começou com o dia de oração e de ação inter-religiosa pela proteção do planeta no evento “Terra Sagrada”, no domingo passado, 12 de junho, e seguiu com atividades locais e conferências online sobre as mensagens da encíclica durante toda a semana. Os debates online incluiram uma discussão sobre desinvestimento dos combustíveis fósseis com o especialista Jeffrey Sachs, professor da Universidade de Columbia. Além das atividades, os grupos católicos também estão divulgando a hashtag #LiveLaudatoSi, através da qual explicam como pretendem viver as palavras do Papa Francisco.

Segundo pesquisa publicada recentemente pelo Centro de Pesquisa Aplicada sobre Apostolado (CARA, em inglês), 73% dos católicos acreditam que a sociedade precisa agir para combater as mudanças climáticas. No último ano, quase um milhão de pessoas em todo o mundo declararam seu apoio a ‘Laudato Si’ ao assinar a petição do GCCM, que exige que os líderes políticos tomem as medidas necessárias para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5 ° C, e para que ajudem os mais pobres do mundo que já são afetados pelas mudanças climáticas.  “Quase um milhão de pessoas se manifestando é significativo, mas é apenas o começo. Existem 1,2 bilhão de católicos no mundo inteiro e com todos eles seguindo as palavras do Papa Francisco teremos uma imensa onda de ações”, disse Tomas Insua, co-fundador do GCCM. “Todo mundo, não apenas os católicos, pode viver de forma a seguir a ‘Laudato Si’ e, dessa forma, proteger a nossa casa comum.”

A ação coletiva pelo clima pode ter muitas formas, mas uma das mais imediatas e significativas é a definição de uma nova maneira de produzir e consumir energia. Um dos maiores impactos que os católicos podem ajudar a provocar é a transição para um futuro com energias renováveis. Há 123 milhões de católicos no Brasil e cerca de 11 mil paróquias, o que representa um enorme contingente de edificações que podem se tornar mais eficientes e de telhados a serem aproveitados pela energia solar. Estas ações podem continuar mostrando como viver a encíclica Laudato Si na prática. 
“A Laudato Si não é a opinião do Papa, mas um Magistério da Igreja”, afirmou o Bispo Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da Academia Pontifícia de Ciências e Ciências sociais, durante uma discussão promovida pelo Movimento Católico Global pelo Clima (GCCM) na segunda-feira, 13/6.

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