Comunidade Jauari localiza-se no município de Oriximará, no Pará
Dando continuidade aos trabalhos com as comunidades remanescentes de quilombolas, a equipe do Setor Diocesano de Comunicação da diocese de Óbidos (PA) e as pastorais Social e Catequética visitaram a comunidade de Jauari nos dias 11 e 12 de março.
A visita teve como objetivos testemunhar a resistência e a integridade dos povos que habitam a região Amazônica e dela cuidam, procurando preservar suas raízes.
Daniel Souza, líder comunitário, falou da importância dos que resistiram e dos que ainda hoje resistem nas comunidades remanescentes de quilombolas. Ele lembra que a Igreja foi a primeira instituição a ouvir o clamor desses povos e tem o dever de assumi-los também nos dias atuais. “Em nossa diocese isso é algo que não é deixado de lado e as comunidades são atendidas tanto na parte religiosa quanto nos encaminhamentos sociais”, afirma.
A equipe diocesana acompanhou ainda os preparativos e os ritos da festividade em celebração ao padroeiro da comunidade, São Benedito. Cantos da “Folia de São Benedito”, a “dança do Aiue”, a “Derrubada do Mastro” e o “Canto da Ladainha” finalizaram a noite com apresentações culturais de várias comunidades quilombolas da região.
Comunidade Jauari
Após a promulgação da nova Constituição, em 1988, a luta pela titulação das terras tomou força. Após longo período a comunidade de Jauari foi titulada com o nome do rio que corre em suas terras: Erepecuru, na região do Trombetas, Pará. Os primeiros que chegaram nesta área, há mais de 200 anos, fugiam de uma vida dura de escravidão, trazidos da África e escravizados na região de Óbidos e Alenquer.
Com informações e fotos da diocese de Óbidos
Fonte: CNBB