A Catedral de Bangui, dedicada à Imaculada Conceição, e onde o Papa abriu neste domingo a Porta Santa, foi construída em 1937. A sua construção durou dois anos e foi tornada possível graças à participação física de missionários, neófitos e catecúmenos que transportavam tijolos à cabeça quando os camiões avariavam.
A consagração da Catedral em 1938 coincidiu com a ordenação do primeiro sacerdote nativo da República Centro-africana, Padre Barthélémy Buganda. O primeiro bispo originário do País, D. Joachim Ndayen foi ali ordenado pelo pró-Núncio Apostólico, D. Luigi Poggi (1969). O evento foi vivido como uma grande festa nacional. Concelebraram 17 bispos e uma centena de sacerdotes, na presença do Chefe de Estado e de cerca de 10 mil fiéis.
O edifício foi restaurado em 1961-62 e, em 1976-77 foi modernizado e enriquecido com cinco lampadários de cristal pelo Presidente Bokassa que ali se fez coroar como Imperador. João Paulo II ali celebrou durante a sua visita à RCA em agosto de 1985. E em 1994 a Catedral foi cenário das celebrações do centenário da Igreja no País e da oitava Assembleia plenária das Conferências Episcopais da região Centro-africana (2008).
O atual Arcebispo de Bangui, D. Dieudonné Nzapalainga foi ordenado na Catedral a 22 de Julho de 2012. A estrutura anexa à Catedral inclui um centro de informática, um ambulatório gerido pela Confraternidade de São Vicente de Paulo, uma livraria e um local onde se reúnem os movimentos e grupos pastorais (cerca de 30). Além disso, estão ativas na Diocese cinco Comunidades Eclesiais de Base.
Sendo agora escolhida pelo Papa Francisco para abrir neste dia 29 de Novembro a Porta Santa do Ano Jubileu Extraordinário da Misericórdia, a Catedral de Bangui escreve uma nova página na sua história. E o desejo do Papa é que isto representa uma era nova de paz e reconciliação para os povos do País.
Fonte: Rádio Vaticano