Os Advogados Cristãos começaram a recolher assinaturas para pedir ao chefe de serviço de pediatria do Hospital de Santiago de Compostela que “não termine com a vida da pequena Andrea”, a menina de 12 anos que sofre uma doença degenerativa e cujo caso emociona a Espanha.
Andrea sofre de uma grave doença degenerativa e se alimenta através de uma sonda direta ao seu estômago (gastrostomia). Entretanto, seus pais pediram recentemente que lhe retirem a alimentação, deixando-lhe somente “uma mínima hidratação”, para que através desta morte “não seja prolongado seu sofrimento”.
A presidente da associação de Advogados Cristãos, Polônia Castellanos, explicou ao Grupo ACI que a “gastrostomia é um procedimento ordinário e bastante comum, é realizado em muitas pessoas maiores e por meio desta podem viver durante muitos anos”.
Entretanto, os juízes aceitaram retirar a sonda que alimenta diretamente o estômago da menina e, desta forma, ela morreria de fome e de sede.
Em seguida, a presidente de Advogados Cristãos explicou que este tipo de alimentação artificial “não é um esforço desmesurado, mas um procedimento realizado com certa frequência. Eu acho que uma morte digna não significa, como dizem os pais, acabar com a vida da menina matando-a de fome e de sede, tirando-lhe a alimentação artificial”, assinalou.
Castellanos assegurou ainda que compreende o cansaço físico e psicológico da família ante esta doença tão grave e prolongada de sua filha, mas explicou ao grupo ACI que “existem outras alternativas, como por exemplo, ceder a tutela da menor”.
“Isto é algo que acontece todos os dias. Cedem as tutelas de menores a entidades, Comunidades Autônomas ou ONGs, porque os pais não podem, seja porque têm uma grave doença, por temas econômicos ou por outras mil razões”, assegurou, “mas acabar com a vida de uma menor, não é a única opção”.
Nesse sentido, a advogada recordou que tanto os médicos quanto a ministra da saúde estavam a favor de continuar alimentando a menina, inclusive alegaram que viram uma certa melhora, pois Andrea não necessitava respiração artificial e apenas lhe davam ocasionalmente alguns medicamentos para a dor.
A advogada assinalou que a menina não precisa de “esforços extraordinários para continuar vivendo”, por isso, “compreendo que os médicos foram pressionados para que, através deste caso, que pode ser considerado emblemático, abra-se um caminho para a legalização da prática da eutanásia”.
Castellanos também adverte do perigo de que através deste caso possam criar uma espécie de ‘passe livre’ para acabar com a vida daquelas pessoas que utilizam a alimentação artificial.
“A eutanásia é um negócio, igual ao aborto. Na Suíça, praticar a eutanásia pode custar até 10 mil euros. Há muitos interesses, move-se muito dinheiro”, declarou.
Para evitar que retirem a alimentação de Andrea, acesse:
https://www.change.org/p/urgente-no-provoque-la-muerte-de-andrea-por-hambre-y-sed-todossomosandrea?recruiter=145751750&utm_source=share_petition&utm_medium=email&utm_campaign=share_email_responsive&rp_sharecordion_checklist=control
Fonte: Acidigital