5º Domingo do tempo comum 05/02/2023 (Mt 5,13-16)

    Textos inspiradores: a) “Vós sois o sal da terra”. (Mt 5,13) b) “Vós sois a luz do mundo”. (Mt 5,14)

    Estamos no contexto do sermão da montanha, a quintessência do Evangelho. Trata-se do discurso, no qual Jesus apresenta as bases do Reino de Deus, que Ele veio lançar. O mundo teve, no passado, e tem, também hoje, sua filosofia de vida: seu “modus vivendi”. Nele se professa o relativismo (Bento XVI fala até da ditadura do relativismo): o materialismo e o consumismo. Afirma-se, até a morte de Deus, quando, não a necessidade de uma Igreja única, que seria o fruto de um consenso humanístico: cuja filosofia seria antropocentrista. Nada de Papa, de revelação divina. A lei maior seria a do menor esforço: a lei dos mais fortes, do mais espertos e dos mais opulentos.

    O que estamos vendo, nesse mundo guindado a ser hegemônico? Basta analisar o que está acontecendo: aumentam os abortos. Não se pode nem matar um cachorro, ou outros animais. Contudo os feminicídios aumentam. Os suicídios crescem. Matrimônios se desfazem facilmente: cada um tem o direito, de ser feliz, dizem. Não o nego. O que não posso aceitar é defender direitos, sem admitir deveres, ou até causar infelicidades a terceiros. O que não aceito é defender, principalmente, os chamados direitos dos mais fortes, poderosos e dominadores. Também não posso aceitar, a marginalização dos indefesos e a aproveitar-se dos mais necessitados. Deus deu inteligência, a todos, para cultivá-la, não para massacrar os mais indefesos. O que não posso aceitar, ainda, é colocar o homem no lugar do Criador. Mais. Querem, até expulsar a Deus da sociedade, na qual o Verbo divino, não se envergonhou de se encarnar e pela qual sofreu e morreu crucificado. O mundo tornou-se cruel: agressivo e vingativo. De fato, onde, Deus não tem mais lugar, tudo é permitido.

    Jesus, no entanto, disse de Si mesmo: “Eu sou a luz do mundo” (Mt 5,14;  Jo 8,12; 9,5; 1Jo1,5). Mas, Ele não quer sê-la, sozinho. Há muitas confusões, tristezas e trevas: cabe-nos, com Cristo combatê-las. No entanto, somos luz? É preciso levar, bem a sério a Palavra de Jesus.  Além do mais, a partir da nossa experiência, ninguém gosta de andar, em ruas escuras. Dá medo, gera insegurança. Deu de entender? 3.1 Jesus ainda acrescentou: “Vós sois o sal da terra”. Quem não conhece as propriedades do sal? Alimento sem sal é insípido, ensosso. Contudo, quando ele é demasiado, torna-se, também, algo intragável, quando não perigoso para a saúde. Qual é então a medida certa? Nós, bem o sabemos. Jesus chega a usar termos fortes, em relação aos que não são sal da terra. Afirma, até que seria melhor ser jogado fora e pisados pelos homens. É preocupante? Sim. Porque o sal na sociedade somos todos nós…

    Jesus quer que os homens, vejam nossas boas obras. Por quê? Para que, através delas, todos possam glorificar o Pai que está no céu. Aliás, Jesus se volta sempre para o Pai, carinhosamente. Pois, a Ele ama, ouve e obedece. Ele deve estar, sempre, no centro: louvado e adorado. O Pai não é, portanto, temível, mas amável e amoroso. Só Deus é assim.

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