5º Domingo da Quaresma: 26/03/2023 (Jo. 11, 1-45).

    Textos inspiradores: Jesus disse: “Eu sou a ressureição e a vida, aquele que crer em mim, mesmo que morra, viverá…” (Jo. 11, 25).  Tendo assim falado, gritou com voz forte: “Lázaro vem para fora…” (Jo. 11, 45). Jesus lhes disse, ainda: “Desatai-o e deixai-o ir”. (Jo. 11, 44).

    1. Advertência teológica: fala-se no texto da ressureição de Lázaro. Contudo, seria mais exato, falar em reanimação, pois um ressuscitado não pode morrer outra vez, como, certamente, aconteceu a Lázaro.

    Jesus gostava muito, de usar a exclamação, ao menos, como consta em São João: “Eu sou”. Queria aludir a Ex. 3, 14-15! “Eu sou aquele que sou…”? Ou “Sou aquele que realizo”? Não sei: é problema para os exegetas resolver… Jesus afirmava, de si mesmo: “Eu sou a luz do mundo” (Jo. 8, 12; 9, 5) “Eu sou o pão do Céu” ( Jo. 6, 35). “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. (Jo. 14, 6). “Eu sou o bom (belo!) Pastor”. (Jo. 10, 11). A verdade é simplesmente que: Jesus não é problema, mas solução de tudo, para todos, até o fim do mundo. Ele fez o cego ver, o mudo falar, o surdo ouvir, o paralítico andar e Lázaro morto, reviver. Jesus não só tem vida. Ele é a vida. Vencendo a própria morte, Ele ressuscitou e prometeu o mesmo a todos, os que Nele creem. Não quer que ninguém se perca. (Jo. 6, 39). Nosso Deus é assim: é vida, amor e misericórdia. É sempre salvação.

    Jesus tem sua psicologia: tarda, às vezes, mas não falha. Permitiu que o amigo morresse, para mostrar Seu amor e a glória do Pai. Fê-lo, portanto, para que os discípulos Nele cressem. Veio ao encontro de todos os necessitados: de todas as Martas, Marias e de todos os Lázaros também. Nada fez para inglês ver, mas, para que crendo e amando, nos salvássemos. Também, a nós está dizendo, hoje, não mais “sai do túmulo”, mas “sai dessa situação”. Qual? Depressão, dificuldade, maldade ou falta de sentido da vida etc…

    Jesus ama, dialoga e sempre vai ao encontro da humanidade, cumprindo Sua missão: amando a todas as Martas, Marias e Lázaros, mesmo que estes, hoje, não o amem. Mostrou que Deus é amor (1Jo. 4, 8.16). Por isso, nos criou. Jesus se encarnou e permanece na Eucaristia.  Ademais, nos quer, para sempre na casa do Pai.  Assim sendo, o cristianismo deve ser, ou ao menos, tornar-se, verdadeiramente a religião do amor, do diálogo e do encontro. Não prioritariamente de leis ou preceitos, de ritos, de cerimonias, como não poucas vezes, acontece. Jesus foi profundamente humano: chegando a comover-se e até a chorar, diante do amigo morto. (Jo. 11, 35). Nós, como Igreja, não somos, por vezes, demais rígidos, broncos, desalmados? Jesus atraia, até mesmo, os pecadores; nós, às vezes, não espantamos os simples e os que ainda creem?

    Somente, Jesus foi e é humanamente divino e divinamente bem humano. A quaresma quer mostrar-nos Seu amor e sofrimento, por nossa causa. Nossas comunidades cristãs devem tornar-se novos lares, semelhantes ao de Lázaro, Marta e Maria. Seremos então, mais felizes e autênticos discípulos do grande Mestre.

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