Atletas parapan-americanos contam como Deus os ajudou a enfrentar a deficiência

Por ocasião da realização dos XVIII Jogos Pan-americanos e dos VI Jogos Parapan-Americanos Lima 2019, EWTN Noticias teve acesso a depoimentos de atletas peruanos, que atribuem seu sucesso à fé em Deus.

A festa esportiva mais importante do continente americano, realizada pela primeira vez no Peru, acolherá pela primeira vez atletas parapan-americanos como Efraín Sotacuro Quispe, reconhecido maratonista peruano que aos 17 anos sofreu um acidente que mudou sua vida: perdeu os braços por causa de uma descarga elétrica de alta tensão.

Em declarações a EWTN Noticias, o atleta de Huancavelica (Peru) contou que, embora não tenha sido fácil se adaptar, aos poucos foi aprendendo. Disse que nunca perdeu a coragem e a vontade de seguir em frente. “Sempre com essa atitude, com essa coragem eu vou em frente”, afirmou.

“Agora me sinto feliz, agradecido a Deus porque é a oportunidade que Ele me dá, a vontade e a bênção”, disse Quispe.

O para-atleta, que compete nas provas de Fundo e Meio-fundo, recordou que “a humildade faz o homem grande, sempre com fé e sempre iluminado por Nossa Senhora”.

Os jogos também contarão com a participação de Jenny Ventocilla Huaranga, uma atleta peruana que teve o seu primeiro contato com o para-badminton aos 45 anos.

“O carro em que eu estava caiu em um precipício e fraturei a tíbia e a fíbula. Embora os médicos tenham tentado salvar minha perna, tiveram que amputá-la por causa da infecção”, narrou a para-atleta.

Comentou que durante as terapias, foi convidada a fazer natação e outros esportes como basquete. “Eu estava fazendo vôlei sentado porque já praticava vôlei convencional. No entanto, como não havia nada fixo no vôlei sentado, só formamos uma associação”, explicou.

Ventocilla disse que depois foi convidada para praticar o para-badminton, onde ganhou medalhas em vários torneios internacionais.

O site da Federação Nacional Peruana de Badminton indicou que Ventocilla “aceitou um convite para ver como se praticava e gostou. Graças a este esporte, teve a agradável experiência e satisfação de representar o Peru em torneios internacionais. A modalidade que ela prefere é simples. A melhor experiência neste esporte é fazer parte da equipe nacional e ganhar medalhas para o país”.

“Todos podemos sair adiante e temos que dar graças à vida e à oportunidade que Deus nos dá”, enfatizou.

Em outro momento, entrevistaram Pilar Jáuregui Cancino, que também faz parte da equipe de Badminton e está em uma cadeira de rodas há mais de 8 anos.

A para-atleta lembrou que em sua infância, ela podia se mover como qualquer criança, correr, brincar, etc., mas que depois passou a ter dificuldades devido à luxação congênita do quadril bilateral que apresenta desde o seu nascimento.

“Tudo acontece por algum motivo e eu só tenho que ir em frente, confiar nele. Tudo se pode de mãos dadas com Deus”, assegurou a jogadora peruana.

Jáuregui representou o Peru nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 como parte do time de basquete em cadeira de rodas. No entanto, desde 2016, decidiu se dedicar completamente ao badminton, porque nesta disciplina os resultados dependiam dela mesma.

“Graças ao esporte da raquete e peteca, ela se tornou uma pessoa mais independente. A modalidade que ela gosta de jogar é simples; no entanto, também gosta de jogar em dupla, porque, em sua opinião, é a modalidade mais forte. A experiência mais gratificante foi representar o Peru no Campeonato Mundial de Para-badminton que foi realizado na China”, menciona a Federação.

A abertura dos Jogos Para-Panamericanos está agendada para sexta-feira, 23 de agosto, às 19h (hora do Peru), no Estádio Nacional.

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