4º Domingo do Advento

    “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho” (Mt 1,23)

    Celebramos, neste domingo, o quarto desse Tempo do Advento, como celebramos na semana passada: o Senhor já está perto e bate a nossa porta. Neste domingo, se acende a quarta vela da coroa do Advento, significando que a luz se aproxima de nós e aos poucos essa luz vai iluminado as trevas. Com a coroa do Advento completamente acesa, indica que temos de ser luz para quem se aproxima de nós e temos que refletir a luz de Cristo para os outros. Estamos dentro da semana de preparação próxima para o Natal e a liturgia especial nos ajuda a abrir os corações para acolher a proximidade de Deus em nossas vidas.

    Ainda está em tempo de realizar a confissão sacramental se ainda não fizemos, para que o nosso coração esteja limpo para acolher o Senhor que virá. Do mesmo modo, podemos realizar ainda nessa semana a Novena de Natal. O tempo do Advento é um tempo propício para a oração e vigilância, para que dessa forma possamos aguardar o Senhor que virá.

    Que ao longo dessa semana possamos ter em nós a mesma alegria que a Virgem Maria teve antes de dar à luz a Jesus. Façamos como Maria e anunciemos com alegria Jesus Cristo as outras pessoas. Sirvamos com alegria ao nosso próximo e ensinemos as pessoas o verdadeiro sentido do Natal, que não é somente Papai Noel e troca de presentes, mas o Natal é celebrar o nosso maior presente que é Jesus Cristo.

    Sejamos ainda como Joao Batista e anunciemos que Jesus Cristo é cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Como batizados, somos chamados a ser discípulos e missionários do Senhor e da mesma forma que João, temos que anunciar que o Reino de Deus está próximo de nós. O nascimento de Jesus aponta-nos para o mistério que celebraremos mais adiante, da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Olhemos para a manjedoura e não deixemos de contemplar a Cruz.

    A primeira leitura deste domingo é do livro do profeta Isaías (Is 7, 10-14). O Senhor fala com Acaz, pedindo que Deus lhe faça ver um sinal, e Acaz responde dizendo que não pedirá e nem tentará o Senhor. O profeta Isaías intervém e diz que o sinal que Deus enviará à casa de Israel é que uma virgem dará à luz a um filho, e lhe porá o nome de Emanuel, que significa “Deus está conosco”. Isaías é um profeta visionário, ou seja, tem visão de futuro, apesar de ele ter vivido aproximadamente 400 anos antes de Jesus, ele prevê tempos de paz e tranquilidade para Israel, com o nascimento do Messias.

    O salmo responsorial é o 23 (24) e o refrão do salmo é bem propício para o tempo que estamos vivendo e diz que devemos abrir as portas para que o Senhor possa entrar. Ele está a nossa porta e bate para entrar, não O deixemos de fora e permitamos a sua entrada em nossa casa e na nossa vida. Não deixemos o “dono da festa” de fora, mas permitamos a sua entrada.

    A segunda leitura desse domingo é da carta de São Paulo aos Romanos (Rm 1, 1-7). Paulo se dirige à comunidade de Roma e se apresenta como servo de Jesus Cristo e apóstolo por vocação. Deus o escolheu e o chamou. De perseguidor da Igreja, ele se torna seguidor e um grande apóstolo. Todos nós, a partir do batismo, somos chamados a ser testemunhas de Jesus Cristo e anunciar o reino de Deus. O mundo está sedento da Palavra de Deus, sejamos porta-vozes dessa mensagem de salvação.

    O evangelho do domingo é de Mateus (Mt 1, 18-24). Esse trecho do evangelho de Mateus fala da origem de Jesus Cristo, da forma que se deu o seu nascimento. Ele que foi predito por todos os profetas e querido por Deus desde toda a eternidade. Maria estava prometida em casamento a José e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida por ação do Espírito Santo. Maria foi escolhida por Deus, dentre as demais as mulheres da terra, por ser a “cheia de Graça”.  O anjo a saúda dessa forma: “Ave, cheia de Graça”.

    José, sabendo que Maria havia ficado grávida, resolve abandoná-la em segredo, pois ainda não sabia que ela havia engravidado por obra do Espírito Santo. Inclusive, Maria, após o anúncio do anjo, vai ao encontro de sua prima Isabel, até mesmo para evitar o falatório das pessoas, pois seria difícil acreditar que alguém ficaria grávida por obra do Espírito Santo. José resolve abandoná-la em segredo para evitar que Maria fosse apedrejada, pois esse era o castigo para quem cometia adultério. José era justo, por isso a abandona em segredo.

    O anjo aparece a José e diz para ele não ter medo de receber Maria por esposa, pois o filho que ela esperava era santo e a sua gravidez era por obra do Espírito Santo. O anjo diz a José que colocasse no filho o nome de Jesus, pois ele vai salvar o povo dos seus pecados. Isso aconteceu devido aquilo que o profeta Isaías havia predito, como ouvimos na primeira leitura de hoje. Quando José acordou do sonho, ele fez conforme o anjo havia dito e acolheu Maria por sua esposa e, a partir desse momento, passou a cuidar dela e de seu filho que ela esperava.

    As leituras nos preparam para o que iremos celebrar dentro de uma semana: o nascimento de Jesus. Hoje, acendemos a quarta vela da coroa do advento. Que possamos ir com as velas acesas ao encontro do Senhor e que sejamos luz no caminho de quem encontrarmos. Durante essa semana, as leituras nos aproximam mais desse grande mistério que é o nascimento de Jesus.

    Celebremos com alegria esse quarto domingo do Advento na expectativa do Senhor que virá. Que esse Natal que estamos prestes a celebrar nos traga a paz de que tanto precisamos e que a luz que surgiu em Belém possa iluminar a nossa vida e a vida de nossa família.

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