19º Domingo do Tempo Comum

    “Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. (Lc 12,34)

     Celebramos neste domingo o 19º do Tempo Comum, iniciando em toda a Igreja no Brasil o mês vocacional. Nesse domingo, recordamos a vocação ao ministério ordenado, lembrando de todos os diáconos, padres e bispos que receberam o segundo grau da ordem.

    Neste dia rezemos por todos os sacerdotes, em especial o de sua paróquia, para que ele possa continuar zeloso no serviço do altar e no atendimento dos fiéis. Ao final da celebração Eucarística, além de parabenizar o seu padre, reze uma Ave-Maria por ele, e peça que a Mãe de Jesus, Nossa Senhora Mãe dos Sacerdotes, sempre os proteja.

    Rezemos, ainda, por todos os padres doentes e idosos que não podem mais exercer o seu ministério e que muitas vezes são esquecidos, mesmo tendo doado boa parte da vida em favor do Reino de Deus. Rezemos pelos bispos que, também, receberam o segundo grau da ordem para que sirvam com alegria o rebanho a eles confiado.

    Durante o mês de agosto, lembraremos ainda de outras vocações:  paternidade, vida religiosa e consagrada, vocação laical e catequistas. Toda vocação é um chamado de Deus. Procure escutar Deus em seu coração e observe a qual vocação Ele te chama. Esse mês vocacional é propício para isso, em cada missa que for, escute Deus, veja a qual vocação Ele te chama e procure o seu pároco, para que ele te direcione espiritualmente à vocação que escolheu. E, de coração, rezemos muito por todas as vocações, particularmente, pelas ministeriais.

    Um cristão, católico é chamado a assumir compromissos na comunidade, servir aqueles que mais precisam, pode assumir um ministério, como por exemplo, leitor, Ministro Extraordinário da Eucaristia ou ministério da música.

    A paternidade é uma linda vocação, pois educa-se os filhos para Deus. A vocação sempre é uma missão e, em cada uma, cooperamos na construção do Reino de Deus. Que esse mês vocacional faça com que cada um medite em seu coração, em qual vocação Deus lhe chama e como pode servir melhor o próximo e cooperar na construção do Reino.

    A primeira leitura deste Domingo é do livro da Sabedoria (Sb 18, 6-9). O autor do livro da Sabedoria relata a noite em que Deus libertou o povo Hebreu, pois eles confiaram em sua palavra, anunciada por Moisés. É a noite em que o povo foi libertado das mãos do faraó e da perseguição dos egípcios. Deus cumpriu a promessa de libertar o povo da escravidão, fazendo com que eles atravessassem o mar vermelho a pé enxuto.

    Deus sempre faz o melhor para nós e é fiel em suas promessas, nós que muitas vezes somos infiéis. Peçamos nessa missa de hoje que todos os sacerdotes permaneçam fiéis em sua missão e todo batizado fiel à vocação para a qual Deus lhes chamou.

    Deus sempre se mostrou presente na história do seu povo e se faz presente na história da nossa vida, também. Entoemos um cântico de ação de graças, por Deus sempre estar conosco, mesmo nos momentos mais difíceis, Ele estende a mão para nos levantar.

    O salmo responsorial é o 32 (33). O refrão do salmo diz: “Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança”. Deus escolheu o povo de Israel, fez um pacto com eles, os salvou da escravidão e os conduziu até a terra prometida. Esse povo por vezes foi infiel e não seguiu os preceitos divinos, acabaram desistindo de Deus, mas Deus nunca desistiu de seu povo. Do mesmo modo, hoje, nós somos o povo da herança e se por vezes desistimos de Deus, Ele nunca desiste de nós.

    A segunda leitura é da carta aos Hebreus (Hb 11, 1-2. 8-19). O autor sagrado fala da importância da fé e que por meio dela conseguiremos tudo aquilo que desejarmos. Não devemos desistir nunca, pode demorar um pouco, mas a graça de Deus vem. O povo de Deus, apesar de ter a cabeça dura, sempre confia em Deus e sabia que iria acontecer o que ouvimos na primeira leitura de hoje. Deus libertaria o povo da escravidão no Egito. Assim, esperemos e confiemos, também nós, que a nossa libertação está próxima.

    O Evangelho desse domingo é de Lucas (Lc 12, 32-48). Jesus alerta aos seus discípulos sobre a importância de não acumular bens e de juntar tesouros no céu, onde a traça não corrói e o ladrão não chega. Onde está o nosso tesouro aí está o nosso coração, se o nosso tesouro for os bens materiais, o nosso coração estará ali e não com Deus. Agora, se o nosso maior tesouro for Deus, o nosso coração estará com Ele.

    O nosso maior tesouro deve ser a fé e não os bens materiais. Se o nosso maior tesouro for os bens materiais, algo está errado. Os bens materiais passam, com o passar do tempo são corroídos pela traça, ficam velhos e não têm mais utilidade. Agora, a fé permanece para sempre, essa não corrói e nem fica velha com o tempo. Os bens materiais não levaremos para a vida eterna, agora a fé é necessária para adentrarmos na vida eterna.

    Fiquemos vigilantes e em oração, pois não sabemos o dia e a hora que o Senhor virá. E para quem ficará o que acumulamos?  Sejamos prudentes e não acumulemos bens materiais, mas acumulemos antes de tudo, bens para Deus.

    Nesta Eucaristia rezemos por todos os padres que sempre nos apontam o caminho para o céu. Que o Espírito Santo nos ilumine e nos aponte a nossa verdadeira vocação. Amemo-nos uns aos outros como o Senhor nos amou, e confiemos sempre nas promessas de Deus.

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