Transfiguração do Senhor (Mt. 14, 1-9)
Ensinamento central: “ Eis meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição: ouvi-o! ”(Mt. 17,5).
- Para compreender bem o sentido da Transfiguração de Jesus, é preciso levar em conta:
- Os apóstolos perceberam que o seguimento do Mestre não seria fácil, pois exigia renúncias.
- Além do mais, Jesus era contestado pelos fariseus e doutores da lei: havia oposição.
- Os próprios parentes tinham dificuldades de aceitar o estilo de vida de Jesus.
- A realidade das Cruz, na vida do Mestre já estava aparecendo. Portanto a situação não era fácil.
- Jesus da então um grande sinal da sua filiação Divina: Ele se transfigura: mostra que realmente é Filho de Deus. Da nuvem vem uma voz: “ Este é meu Filho amado. Ouvi-o! ”. Além do mais, o antigo testamento é representado por Moisés e Elias, dois dos maiores representantes da antiga aliança. Como de costume os discípulos tiveram medo. Hoje é muito diferente? Isso após dois mil anos?
- Ouvi-o. A voz procedente da nuvem, mandou ouvir Jesus. É ordem. É imperativo: afirmou que os apóstolos poderiam confiar no Mestre, Ele era autêntico: sua missão era verdadeira. A ordem de ouvir Jesus continua também hoje. Eu diria hoje, de modo especial, pois, não faltam os falsos profetas. É preciso também ouvir a Igreja, pois, ela tem origem em Jesus e procede outrossim do Espirito Santo.
- Jesus proibiu os apóstolos de contarem o fato da transfiguração a outros. No fundo Jesus recorre “ao segredo messiânico”, ou seja, Ele precisa de tranquilidade e paz para evangelizar, para cumprir com sua missão. A missão do Messias poderia ter ressonância política. Isso Jesus queria evitar.
- Jesus os tocou (Mt. 17, 7) dizendo-lhes: “levantai-vos e não temais”. Penso que Jesus continua a “tocar” seus discípulos, dizendo-lhes: “ não temais, Eu estou convosco”, Ele nos “toca” pela Sua palavra, pela Sua graça, pelo Espirito Santo, presente na Igreja, pelos sinais dos tempos. Sim, basta abrir os olhos, e os ouvidos, para ver e ouvir. O mundo precisa mais e mais de Deus. Não podemos ser covardes ou medrosos.
- Outrora Jesus levou apenas 3 dos 12 apóstolos: Pedro, o pastor-mar. Tiago – o primeiro mártir do colégio apostólico e João – o discípulo mais achegado de Jesus. Ele queria qualidade e não quantidade naquele momento. Hoje é diferente: quer ambas as coisas. Em nossos dias, Pedro, Tiago e João somos todos nós. Quando, vamos compreende-lo e assumi-lo?
- Pedro não entendeu, bem o a Jesus, por isso, quis construir 3 tendas. Nós hoje já entendemos bem a Jesus? Não continuamos a fazer tendas, ou então igrejinhas? A conclusão é nossa.