13º Domingo do Tempo Comum

    Dom Carmo João Rhoden, um ministério episcopal pleno de realizações –  Portal da Diocese de TaubatéJesus ouviu clemente, o pedido de Jairo, o pai aflito, cuja filha morrera e o da mulher com hemorragia, curando-a (Mc5.21-43).

    Jesus não pregou a si mesmo, mas falou da glória do Pai e do Reino de Deus (Reinocentrismo). Para isso, veio, viveu, lutou, deu a vida, morreu e ressuscitou, como predito. Preparou-se para a missão, por longos anos e, na plenitude dos tempos, iniciou sua missão: evangelizar pela palavra e pelo testemunho. Os fatos extraordinários que ornam sua peregrinação terrena, o demonstram. São Marcos quis, através destes sinais, mostrar-nos, quem era Jesus: o Messias prometido. Conseguiu-o, parcialmente, pois nem todos assim o aceitam.

    No Evangelho de hoje, ele relatou dois acontecimentos, para comprovar a verdadeira identidade de Jesus.

    A morte e reanimação da filha de Jairo. Este se dirigiu a Jesus, suplicando-lhe: venha, por favor, lá em casa, e imponha tuas mãos sobre minha filha, para que sare e viva. Jesus demorou um pouco, pois, faria mais do que lhe foi pedido. Reanimou-a quando já morta, entregando-a viva a seus pais, então, felicíssimos. Na sua humanidade, ainda, mandou que lhe dessem logo de comer (Mc 5,43).

    Entra agora em ação a mulher com hemorragia há doze anos (Mc 5,25ss.). Excluída da comunidade, enquanto doente e já em parte, por ser mulher, ela não quis perder sua chance. Era tudo ou nada. Por isso, procura por Jesus. Encontra-O. Busca tocá-Lo. Consegue-O. Dizia, certamente, de si para si: se ao menos eu conseguir tocar na sua roupa, ficarei curada. Ficou. Contudo, Jesus então perguntou, olhando a seu redor: quem me tocou? Com um misto de fé e medo, aquela mulher jogou-se aos pés de Jesus, mostrando toda a sua confiança, gratidão e amor.

    Jesus lhe disse, então: “filha, vá em paz e fica curada dessa doença”. Ele (Jesus) era e continua sendo assim: amigo dos pobres e médico de nossas almas e corpos. Deus não é autor da doença e da morte, mas da saúde e da vida, que deseja seja plena.

    Aprofundando o sentido das atitudes de Jesus, neste evangelho.

    Ele não veio para fazer show, mas para ser o grande sinal de amor do Pai. Veio para transformar o mundo. Foi sensível ao pedido da mulher com hemorragia. Reinseriu-a na comunidade. Deixou-a, certamente, muito feliz.

    No caso da filha de Jairo, ele não permitiu, e com razão, que entrassem no quarto, se não os pais e os três discípulos. Nem mesmo levou os 12. Somente os três mais chegados a Ele. Diríamos hoje: não chamou a TV Globo, nem a Record, os jornalistas, para tudo constatar. Queria, evangelizando, mostrar quem era. Não fazia autopromoção. Rediviva a menina, entregou-a a seus pais, certamente, agora fora de si, de alegria. Carinhosamente acrescentando: dai-lhe logo de comer.

    Trazendo tudo isso para os tempos da pandemia hodierna, o que podemos inferir?

    Intensificar nossa solidariedade, ajudando a doentes e necessitados, mantendo distanciamento social, usando máscara, diminuindo, assim, possíveis mortes. Não podemos dar a vida a falecidos, mas podemos, certamente, fazer muito mais, pelos irmãos vivos. Como? Dando-lhes, ainda, de comer, visitando-os e tendo mais presença na vida dos sofredores. Levando conosco novos Pedro, Tiago e João… ou seja, nossos amigos, para a felicidade de muitos pais e de tantos necessitados.

    Cada um poderá, ainda, fazer suas generosas conclusões. Em tempo: dai-lhes de comer. Não o repetiria, hoje, Jesus? Sim, certamente.

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