100 Anos do Célebre Sociólogo Edgar Morin

    “Acredito que, para uma melhor compreensão da realidade, para entender quem somos, que você é um ser complexo, que eu sou um ser complexo, não podemos estar reduzidos a um único aspecto da personalidade, para saber que a sociedade é complexa, para entender a globalização”, afirma Edgar Morin.

    Edgar Morin, nasceu em Paris, no dia 8 de julho de 1921, é um renomado sociólogo, antropólogo e filósofo francês judeu de origem sefardita. Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. Autor de mais de trinta livros, entre eles: O método (6 volumes), Introdução ao pensamento complexoCiência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro.

    Suas ideias são abissais:         “Pensamento complexo e paradigma da complexidade”.

    Segundo o renomado sociólogo centenário Morin: “O Homo Sapiens, como ele gosta de se referir ao ser humano, é um fruto da vida natural e da cultura”.

    Morin é um célebre intelectual contemporâneo, de enorme construto no campo da educação. O seu principal foco de estudo é a teoria da complexidade, constituída por diversos aspectos. As reflexões do sociólogo influenciam os vários âmbitos do ensino e podem repercutir na construção de Projetos Político-Pedagógicos, configurando uma nova dimensão educacional.

    O ser humano compreende as dimensões do físico, do emocional–sentimental e do mental-espiritual, apesar de, por muito tempo, a ciência afirmar que o ser humano deveria ser entendido em oposição ao animal e a cultura, em oposição à natureza (DAMÁSIO, 2012; MORIN, 1979). “A noção de homem não é uma noção simples: é uma noção complexa” (MORIN, 2011 p. 130), pois o ser humano carrega inúmeras características antagônicas e complementares, que coexistem simultaneamente. O humano, ao mesmo tempo, é sábio, prosaico, empírico, utilitário e econômico, é louco, poético, imaginário, lúdico e consumidor. É um animal histérico, possuído por seus sonhos e, contudo, também capaz da objetividade do cálculo e da racionalidade, logo, é Homo complexus (MORIN, 2011).

    Para uma profunda reflexão

    O homem é um ser composto de corporeidade, alma (psique) moral, intelectual, boçal, animal, religioso, imanente, transcendente, grandioso, vergonhoso, complexo e tomado de perplexidade. Portador dos mais nobres sentimentos e vingativo pelo ódio. Se eleva nas mais alta arte da beleza e se rebaixa pela cultura de morte. Foi expulso do Jardim do Éden, foi morar em cavernas, depois obteve residência no castelo, ficou sem teto, residente na rua, se juntou com outros, conseguiu liderar e formar partidos, assim arrumou uma nova moradia, o palácio presidencial. Criador, administrador, comunicador, educador, sem pudor, corruptor, todavia, empreendedor, chegou até a Lua.

    Dr. Inácio José do Vale

    Psicanalista Clínico, Sociólogo e Educador

    Pós-graduado em Psicologia nas Organizações com Habilitação em Docência no Ensino Superior pela Faculdade Educamais de São Paulo-SP.

    Psicologia, Educação e Desenvolvimento pela Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo-SP.

    Especialista no Ensino de Filosofia e Sociologia pelo Centro Universitário Dr. Edmundo Ulson-Araras/SP.

    Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Esta é reconhecida e cadastrada na Organização das Nações Unidas – ONU (United Nations Department of Economic and Social Affairs).

    Fontes:

    DAMÁSIO, A. R. O mistério da consciência: do corpo e das emoções ao conhecimento de si. São Paulo: Companhia das letras, 2012.

    MORIN, Edgar. O enigma do homem: para uma nova antropologia. 2a. ed. Tradução de Fernando de Castro Ferro. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979.

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