Padre sequestrado nas Filipinas: “A fé é o que constitui a Igreja!”

Padre Soganob sendo entrevistado por jornalistas após ser resgatado por soldados do governo.

Maio de 2017: O Padre Teresito ‘Chito’ Soganob, vigário-geral de Marawi, e funcionários da Catedral de Santa Maria foram sequestrados por extremistas islâmicos.

A Catedral de Santa Maria foi seriamente danificada pelos extremistas, que também registraram em vídeo o momento em que profanavam o edifício. O sequestro do Padre Soganob ocorreu no início do cerco de Marawi, que continuou até outubro de 2017. Militantes maute, filiados ao EI, desempenharam um papel principal em um conflito que envolveu outros jihadistas.

Durante o seu quarto mês de cativeiro, o Padre Soganob testemunhou a decapitação de outros prisioneiros cristãos. Os extremistas também forçaram o sacerdote e outros reféns a converterem-se ao Islamismo e a transportarem armas durante o cerco. Depois da libertação do Padre Soganob e de outros sequestrados na mesma época, o Bispo Edwin de la Peña, de Marawi, disse que a sua conversão não tinha sido uma “conversão válida” pois tinha sido feita sob coação.

No momento em que terminou a ocupação maute, o número de mortes incluía 974 militantes, 168 funcionários do governo e 87 civis. Milhares de famílias foram deslocadas, na mais longa batalha urbana nas Filipinas desde a Segunda Guerra Mundial.

O bispo Edwin de la Peña disse que o cerco maute de Marawi tinha dividido a comunidade muçulmana local. Alguns muçulmanos desafiaram os extremistas abrigando cristãos. Na sequência da violência, o bispo afirmou que a prioridade da Igreja era reconstruir a confiança na cidade. Os passos para reparar as relações entre diferentes comunidades religiosas incluem ajuda emergencial aos deslocados, envio de estudantes universitários para visitar os deslocados e dar apoio e um novo centro de reabilitação para ajudar cristãos e muçulmanos sequestrados por extremistas.

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