XXIX Domingo do Tempo Comum

    Estamos celebrando o XXIX Domingo do Tempo Comum. Estamos no mês de outubro. O mês de outubro é dedicado às Missões na Igreja Católica. – “Ide e fazei discípulos meus todos os povos”. Os discípulos de Jesus são identificados como “Discípulos missionários de Jesus”. O zelo missionário é a nota identificadora. Quem não é missionário, deve questionar a autenticidade de sua fé cristã! Devemos ser missionários permanentes como Jesus! Neste domingo celebramos o Dia das Missões e da Obra Pontifícia da Infância missionária com reflexões, compromissos e com a coleta pela Missões.

    Na primeira leitura – Is 53,10-11 – o “Servo de Javé”, figura profética de Jesus Cristo, vai ser massacrado pelo sofrimento, em nosso favor: “Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si a suas culpas!”. “Servo de Javé” que os especialistas custam identificar é o próprio Deus que se fez carne (humano), descendo até o fundo do abismo de nossa iniquidade, para nos salvar! “O meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si a suas culpas!” Assumiu o nosso sofrimento para abrir-nos, de novo, as portas da felicidade. O pecado é o nosso egoísmo, mas o amor do Servo de Javé é a oblação divina em nosso favor! Jesus não foi surpreendido pelo sofrimento e pela morte na cruz. Ele nasceu, sofreu e morreu na Cruz para nos salvar!

    Na segunda leitura – Hb 4,14-16 – Jesus, o Servo de Javé, passou por todo o sofrimento humano, menos o pecado, para provar seu amor por nós e garantir-nos a salvação eterna! Jesus, o Sumo Sacerdote, ofereceu, conscientemente, sua vida e sua morte para redimir-nos do pecado e conseguir para nós, pecadores, a salvação eterna! Ele é capaz de se compadecer por nós, é fonte inesgotável de misericórdia; aproximemo-nos d’Ele que é esta fonte de graça e de misericórdia. Aproximemo-nos, então, com toda a confiança do trono da misericórdia, para alcançarmos a graça (…) no tempo oportuno”. Jesus não se fez homem para julgar e condenar o mundo (os seres humanos), mas para salvá-los. Não precisamos esconder nosso rosto por vergonha de nossos pecados, mas é melhor dobrar os nossos joelhos e pedir perdão que nos restitui a vida divina.

    No Evangelho – Mc 10,35-45 – os discípulos estão longe da proposta de Jesus! Pedem cargos e honrarias quando Jesus anuncia a própria morte! A proposta de Jesus precisa da luz do Espírito Santo para ser entendida e, principalmente, para ser praticada! O texto é a sequência imediata do terceiro anúncio da paixão (Mc 10,32-34). Trata-se do absurdo pedido dos discípulos irmãos, Tiago e João, para ocuparem os primeiros lugares na glória: um à direita e outro à esquerda de Jesus, numa demonstração clara de ambição e sede de poder (v. 35-37). Chamados de “filhos do trovão” (Mc 3,17), em alusão ao seu comportamento intolerante e ambicioso, Tiago e João, junto com Pedro, são os discípulos mais evidenciados nos Evangelhos sinóticos, não pelos méritos, mas pelas contradições.

    Jesus no Evangelho quer nos mostrar que aquele que o segue, não deve preocupar com cargos e honrarias. Em primeiro lugar o seguidor e missionário deve ter em mente a salvação e o serviço, ou seja, assim como o Cristo se fez humilde e desprendeu-se de si mesmo. Mas, todo este caminho do nosso Salvador indica-nos a nós um caminho, um modo de viver, um critério de discernimento. Se o nosso olhar se dirige a Jesus, é como ele que devemos caminhar; devemos andar como ele andou saindo de nós, de nossos projetos de inspiração tão mundana, para abraçar o pensamento e os modos do nosso Mestre e Salvador.

    Jesus disse para os discípulos: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e tiranizam”… e mesmo assim, pretendem ser chamados de benfeitores!… Vos, porém, fostes chamados e escolhidos para servir e não para explorar! Na lógica de Jesus, pretender ser grande significa pôr-se a serviço de todos. Jesus veio para servir e você pretender reinar?

    Coloquemos nossa esperança em Jesus, agarremo-nos a ele, agasalhemo-nos no seu coração pela oração, a escuta da sua Palavra, a contemplação da sua adorável pessoa, a participação nos seus sacramentos! Deixemos de lado a preguiça, a descrença, a pasmaceira espiritual e corramos com ânimo e alegria seguindo o Senhor! E que ele nos faça sentir, desde agora, a felicidade de viver o seu amor e fazer da vida um cântico de amor a ele, que é bendito pelos séculos dos séculos.

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