Voto, arma da democracia

    Aproximam-se as eleições e, nem sempre, alguns eleitores se conscientizam da grandeza do exercício da escolha criteriosa  de candidatados competentes, devotados a sua tarefa. Trata-se do desempenho de uma verdadeira função pública. Com efeito, o eleitor fica investido de uma ação superior que visa o bem comum.  Portanto, enorme a responsabilidade de quem vai confiar mandato àqueles dos quais dependerão medidas salutares para os males que afligem a sociedade e das quais resultarão o progresso socioeconômico da população. Por isto mesmo o voto é um dever político que muito interessa à vida coletiva. Esta obrigação pode inclusive variar de intensidade conforme as circunstâncias de cada contexto histórico.

    Será tanto mais grave quanto mais imediatamente estiverem em causa valores morais essenciais como ocorre no Brasil de hoje.  Os partidos agrupam os cidadãos segundo suas maneiras de conceber e realizar um programa de ação frutífera para todos os cidadãos. Estes partidos devem existir não para si mesmos, mas para uma ação política que beneficie a todos.  Entretanto, pode haver desvios e o espírito partidário, afastado de sua nobre missão, leva ao detrimento de seu fim lógico para desgraça geral. É quando os indivíduos procuram só o seu bem próprio, impedindo o desenvolvimento da Nação, dos Estados e dos Municípios. Daí decorre a corrupção, mal a ser combatido sem tréguas.  Eis por que é preciso analisar com cautela e discernimento o valor pessoal dos candidatos, suas qualidades, sua mentalidade, sua lealdade, suas declarações.  Preconceitos tenazes, discussões estéreis, rivalidades pessoais podem deturpar o processo eleitoral e todo cuidado é pouco. Nada, portanto, mais necessário do que a maturidade política do eleitor que deve ter o tino para  colocar a felicidade de todos acima de tudo. A participação popular no poder redunda assim num ato democrático de importância capital. Há, felizmente, formadores de opinião pública que sabem orientar com sabedoria os eleitores. São os comunicadores honestos, mas há também aqueles que disseminam notícias falsas, ataques injustos, denegrindo os que são contrários a suas ideias endeusando incompetentes e aventureiros. O cristão ao dar o seu voto tem como critério supremo os mandamentos da Lei de Deus, não sufraga jamais aqueles que são contrários aos mesmos e aos ensinamentos  da Bíblia. É que o voto é um direito, mas também é um dever moral que leva a excluir os que não respeitam os princípios éticos. As eleições despertam senso das responsabilidades políticas  na escolha de  líderes que autenticamente representem os interesses da população Estar conscientizado de tudo isto leva a  criar condições  compatíveis  para o combate às situações de miséria, elegendo pessoas incorruptíveis, dotadas do saber político. * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.

     

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