A cada ano na riqueza da Liturgia Pascal, temos a graça de celebrarmos no Quarto Domingo o chamado “Domingo do Bom Pastor” que, também, é o dia em que toda a Igreja se une em preces para pedir ao Senhor da messe que envie mais operários, ou seja, é o dia mundial de oração pelas vocações de especial consagração. Desde que foi instituído (este é o 53º) o Santo Padre envia sua mensagem a toda a Igreja.
Neste domingo do “Bom Pastor” e, também, do 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações o Papa Francisco fez uma reflexão muito preciosa da qual teve como tema: “A Igreja, mãe de vocações”. Com o seu texto o Santo Padre o Papa Francisco quis mais uma vez reavivar a chama daqueles jovens que se sentem chamado por Deus e também quis suscitar para que todo o “orbe católico” continue a rezar pelas vocações.
Somos convidados a olhar para aqueles sacerdotes que são exemplos de entrega e que com o seu testemunho e a sua maneira de conduzir o seu rebanho são um “Alter Christus” e rezar para que aumente os pastores do rebanho.
O Papa Francisco, nos fala: “experimentar a alegria de pertencer à Igreja, nascem no meio do povo de Deus e são dons da misericórdia divina! A Igreja é a casa da misericórdia e também a “terra” onde a vocação germina, cresce e dá fruto”. Toda a vocação na Igreja tem a sua origem no olhar compassivo de Jesus. A conversão e a vocação são como que duas faces da mesma medalha, interdependentes continuamente em toda a vida do discípulo missionário. Os passos do processo da evangelização. Um deles é a adesão à comunidade cristã, da qual se recebeu o testemunho da fé e a proclamação explícita da misericórdia do Senhor. Esta incorporação comunitária compreende toda a riqueza da vida eclesial, particularmente os Sacramentos. A Igreja não é só um lugar onde se crê, mas também objeto da nossa fé; por isso, dizemos no Credo: “Creio na Igreja”.
O santo Padre vai focalizar sua mensagem em três pontos principais: 1- A vocação nasce na Igreja, 2- A vocação cresce na Igreja e 3- A vocação é sustentada pela Igreja. No primeiro ponto, a vocação nasce na Igreja, o Papa Francisco vai dizer que: “Ninguém é chamado exclusivamente para uma determinada região, nem para um grupo ou movimento eclesial, mas para a Igreja e para o mundo”. “Respondendo ao chamado de Deus, o jovem vê alargar-se o próprio horizonte eclesial, pode considerar os múltiplos carismas e realizar assim um discernimento mais objetivo. Deste modo, a comunidade torna-se a casa e a família onde nasce a vocação. O candidato contempla, agradecido, esta mediação comunitária como elemento imprescindível para o seu futuro. Aprende a conhecer e a amar os irmãos e irmãs que percorrem caminhos diferentes do seu; e estes vínculos reforçam a comunhão em todos”.
O segundo ponto vai falar que a vocação cresce na Igreja. Quanto a isso frisou o Santo Padre: “Durante o processo de formação, os candidatos às diversas vocações precisam conhecer cada vez melhor a comunidade eclesial, superando a visão limitada que todos temos inicialmente”. O Papa aqui vai falar de comunicar a experiência apostólica juntamente com os membros da comunidade. Para aqueles que já estão em formação, a comunidade eclesial permanece sempre o espaço educativo fundamental, pelo qual se sente gratidão.
O terceiro ponto será a respeito da vocação que é sustentada pela Igreja. Depois do compromisso definitivo, o caminho vocacional na Igreja não termina, mas continua na disponibilidade para o serviço, na perseverança e na formação permanente. Dentre os agentes pastorais, revestem-se de particular relevância os sacerdotes. Por meio do seu ministério, torna-se presente a palavra de Jesus que disse: “Eu sou a porta das ovelhas (…). Eu sou o bom pastor” (Jo 10, 7.11). O cuidado pastoral das vocações é uma parte fundamental do seu ministério. Os sacerdotes acompanham tanto aqueles que andam à procura da própria vocação, como os que já ofereceram a vida ao serviço de Deus e da comunidade.
Contudo, devemos nós escutar o apelo do Papa em rezar pelas Vocações e para que tenhamos muitos e santos sacerdotes, pois, sabemos que quão importante é a vocação sacerdotal e religiosa. O sacerdote não vive para si, mas, para os outros. E vivendo desta maneira ele santifica os seus fiéis e se santifica por meio do serviço e missão. Contudo, pedimos ao Senhor que envie bons pastores a sua “Divina Messe”. Por isso, rezemos pelas vocações em nossa Arquidiocese e bem como em todas as Paróquias e Comunidades. Aproveito para enviar meu afetuoso abraço a todos os presbíteros, diáconos e religiosos de nossa Arquidiocese para que sejam sempre pastores segundo o coração de Cristo! Deus ilumine a sua missão em favor do povo santo de Deus!