Acapulco (Agência Fides) – “Reconhecemos nos jovens uma realidade fundamental: são o caminho da esperança para promover um novo conceito da cultura do amor e da paz”. Foi o que afirmou o Arcebispo de Acapulco, Dom Carlos Garfias Merlos, na inauguração do “Centro juvenil pela paz”, na paróquia da Imaculada Conceição de Maria, em 20 de julho.
No seu discurso, enviado a Fides, o Arcebispo destacou que “as pressões sociais, algumas modas e tendências, os conflitos e as ameaças, como o narcotráfico e a cultura da morte”, desviaram alguns setores juvenis da reta via, portanto a Igreja está engajada em acompanhar os jovens para que enderecem suas energias “na transformação da nossa sociedade e na promoção da civilização do amor”.
Dom Garfias Merlos destacou a emergência social que se vive há anos no México: “Vivemos no Estado de Guerrero, como em muitas partes do país, uma decomposição social que prejudicou profundamente a convivência harmônica e pacífica da nossa sociedade. Os fatores que levaram à violência são múltiplos e remontam a muitos anos atrás…”. Esta situação provocou o afastamento do turismo internacional, a diminuição do comércio, um incremento da pobreza e da decadência social.
A Igreja de Acapulco, portanto, decidiu atuar em três direções: 1. Uma conversão pastoral pela paz: criando as condições, suscitando as capacidades necessárias e adequando as estruturas da Igreja, para que a Igreja esteja a serviço da construção da paz. 2. Prevenção da violência nas comunidades, com 12 projetos em 35 paróquias, e reconstrução do tecido social através do perdão e da reconciliação. 3. Atenção e acompanhamento das vítimas da violência e dos jovens, sobretudo os que estão em risco pela falta de oportunidades de estudo e de trabalho.
“A paz não será possível até que não haja desenvolvimento integral”, afirmou o Arcebispo, que depois recordou: “Precisamos passar de um modelo de justiça punitiva, que pune o culpado mas esqueça a vítima, a uma justiça restaurativa, onde o autor do crime é punido sem esquecer a vítima, e tentar a reinserção do agressor na sociedade para permitir a reconciliação”. Por fim, reiterou que “a verdade, a justiça, o perdão e a reconciliação, valores fundados no Evangelho de Jesus, são os pilares sobre o quais se baseia a paz que promovemos como Igreja”.
Fonte: Agenzia Fides